O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

18 I SÉRIE — NÚMERO 86

me surpreendeu. E surpreendeu-me muito porque o Sr. questões que suscitou preocupam-nos. Certamente o Sr. Deputado nada disse. Usou algumas palavras, mas talvez Deputado ouviu com atenção o que eu referi relativamen-não tenha ponderado, exactamente, o alcance das suas te ao Plano Rodoviário Nacional. Naturalmente que é palavras. Porquê? indispensável percebermos que se o conjunto das neces-

Recordo, Sr. Deputado, que nos falou do «Estado calo- sidades e o conjunto de investimentos é extraordinaria-teiro», falou do «Estado mentiroso», falou do «Estado mente diversificado, o conjunto de competências envol-clientelar»… vidas também o é.

É fácil dizer que tudo é responsabilidade apenas do Vozes do PSD: —Apoiado! Governo. O Governo não se exime às suas responsabilida- des, mas é preciso perceber o modo como devemos res-O Orador: —Não pode ser «apoiado»! ponder de forma célere às necessidades dos cidadãos e aos A cultura republicana, Sr.as e Srs. Deputados, obriga- problemas concretos. É essa a nossa preocupação! Por isso

nos a que, como órgão de soberania, não esqueçamos que a eu disse que tirámos lições da tragédia de Entre-os-Rios. preservação do Estado tem de ser a primeira preocupação Repito, tirámos lições! A grande questão é a de, com os de todos nós! erros e com as dificuldades, podermos tirar as lições ade-

quadas. E neste caso, como sabe, a responsabilidade não Vozes do PS: —Muito bem! impende apenas sobre um governo mas sobre um conjunto de governos e sobre um período muito largo e diz respeito O Sr. António Capucho (PSD): — Mas quem conduz a questões obviamente complexas.

os negócios do Estado é o Governo! Sr. Deputado Miguel Macedo, as questões que referiu, designadamente as referentes aos comboios suburbanos, O Orador: —Certamente o Sr. Deputado, num mo- aos autocarros e aos táxis preocupam e ocupam-nos.

mento de exaltação, num momento em que as palavras o Nesse sentido, Sr. Deputado, há, da nossa parte, aten-inebriaram, esqueceu-se disso. Pois eu lamento que se ção concreta e medidas concretas. Designadamente, em tenha esquecido, uma vez que não me ouvirá, como não relação aos comboios suburbanos, há a polícia dedicada, me ouviu aqui, recordar aquilo que se passava noutros há forças de segurança dedicadas e, simultaneamente, um tempos, designadamente na primeira metade desta déca- sistema de vídeo-vigilância, que está neste momento em da!… adiantado estado de teste para funcionar não apenas nos

comboios mas também nas estações. Vozes do PS: —Muito bem! Por outro lado, relativamente aos autocarros e aos táxis, está a ser realizado um trabalho, que pretendemos O Orador: —Não me ouviu e não me ouvirá! que se concretize… Portanto, Sr. Deputado, a mim, não me ouvirá falar

dessa maneira generalista, uma vez que todos estamos O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Há anos!… investidos na obrigação e na responsabilidade de dignificar o próprio Estado, incluindo este Parlamento. Essa é a ques- O Orador: —Sr. Deputado Miguel Macedo, sabe bem tão fundamental! as dificuldades que existem, designadamente técnicas…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Essa devia ser O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Sr. Ministro,

a função do Governo! temos de gerir bem o tempo, porque há muitas inscrições. O Orador: —O Governo e os outros órgãos de sobe- O Orador: —Com certeza, Sr. Presidente. Terminei.

rania estão todos solidariamente investidos na tarefa de dignificar o Estado. E estas são expressões que, natural- O Sr. António Capucho (PSD): — Sr. Presidente, gos-mente, não podem de modo algum ser aceites nem usadas tava que recomendasse ao Governo que desse menos lições como método. de moral e respondesse às pessoas!…

Aplausos do PS. O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Para pedir escla- recimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Natália Filipe. O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Não gostam é

de ouvir! A Sr.ª Natália Filipe (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, referiu, há pouco, que as pessoas e a resolução O Orador: —Não gosto de ouvir, não, Sr. Deputado! dos seus problemas estavam em primeiro lugar. Mas olhe

Não gosto de ouvir, uma vez que a noção de Estado demo- que para o cidadão que recorre aos serviços de saúde, essa crático é uma noção que devemos preservar. E a noção de não é, efectivamente, a sua experiência! Estado democrático tem que ver com o cidadão, tem que Há imensos utentes que, quando necessitam de ir a uma ver com a sociedade, não tem que ver apenas com os go- consulta médica, esperam horas por essa mesma consulta; vernos que estão no poder, momento a momento! Criti- ou, então, quando vão a uma urgência, estão horas à espe-quemos os governos, critiquemos as oposições, mas não ra, quando, efectivamente, necessitam de ir a essa urgên-generalizemos, Sr. Deputado! cia; ou, então, têm de estar por volta das quatro ou cinco

Ao Sr. Deputado Joaquim Matias devo dizer que as da manhã à porta de um centro de saúde, sem telheiro, à