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29 DE JUNHO DE 2001 15

Aquilo a que o Sr. Deputado Durão Barroso respondeu O Orador: — … e, com isso, leve a nossa economia à

foi a um hipotético discurso meu que li algures num jornal descredibilização e à ruína. qualquer, que, nada sabendo do que estava a escrever, escreveu o que entendeu. Aplausos do PS.

Vozes do PSD: — A culpa é do jornal! O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, peço-vos, uma vez mais, que procurem ouvir-se em sistema de recíproco O Orador: — E, por isso, o Sr. Deputado falou, como respeito, o que significa recíproco silêncio. Peço-vos isto

falou, de coisas que eu não referi. Quando referi uma cam- empenhadamente e gostaria muito de ser respeitado, por-panha contra o Governo, localizei essa campanha, muito que estamos a dar uma má imagem junto da opinião públi-claramente, no PSD e no CDS-PP. ca.

Para formular a sua pergunta, tem a palavra o Sr. Protestos do PSD e do CDS-PP. Deputado Francisco de Assis. O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Nas fuças da O Sr. Francisco de Assis (PS): — Sr. Presidente, Srs.

direita! Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primei- ro-Ministro, ainda bem que não cedeu, no discurso que O Orador: — E nem sequer me referi a uma conspira- acabou de proferir, à tentação de seguir pela via da oculta-

ção. Os Srs. Deputados não são capazes de conspirar, ção, pela via da acomodação ou pela via da abdicação. porque nunca se entendem em relação a coisa nenhuma! Pelo contrário, fez um discurso rigoroso e lúcido, um dis-

curso enérgico e voltado para o futuro. Aplausos do PS. Em primeiro lugar, neste momento em que discutimos o estado da Nação e em que legitimamente conflituam Protestos do PSD e do CDS-PP. interpretações diversas acerca desse mesmo estado da Nação, é fundamental afirmar, em nome da bancada do Portanto, se há uma coisa em relação à qual estou des- Partido Socialista, o orgulho que temos no projecto que

cansado é em relação às conspirações que o Sr. Deputado temos levado a cabo ao longo dos últimos seis anos no Durão Barroso possa fazer com o Sr. Deputado Paulo exercício da governação do País. Portas.

Aplausos do PS. Protestos do PSD e do CDS-PP. Quando chegámos ao Governo, em 1995, vimo-nos Estou inteiramente descansado! É que a única coisa confrontados com dois desafios históricos da maior impor-

que os une é dizer mal do Governo e a vontade de o derru- tância: garantir a participação de Portugal no núcleo dos bar. países fundadores da moeda única, para o que era impres-

cindível cumprir os chamados «critérios de convergência O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Conspirações nominal» e, ao mesmo tempo, contribuir fortemente para o

é consigo! crescimento da economia, para a criação de emprego, para a satisfação de novas expectativas sociais e para a supera-O Orador: — Sr. Deputado Durão Barroso, quando eu ção de um profundo défice social que então atingia a

disse que o mundo é como é, não foi no sentido de dizer sociedade portuguesa. que não me bato por transformar o mundo, foi no sentido Ao longo destes seis anos nós fomos capazes de cum-de dizer uma coisa muito precisa e muito específica: é que prir esses objectivos. Alcançámos o euro, cumprimos inte-há compromissos internacionais que decorrem de regras gralmente os critérios de convergência nominal, garanti-adoptadas na União Europeia, as quais foram subscritas mos um ritmo de crescimento da economia portuguesa, por um Governo do seu partido,… que não teve paralelo nos anos anteriores, no período sob

governação do PSD, e fomos capazes de promover pro-O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Em boa hora! fundas reformas – e o Sr. Primeiro-Ministro já se referiu a uma delas, da maior importância, porque foi possível O Orador: — … e Portugal tem de respeitar esses reafectar a despesa pública valorizando mais as chamadas

compromissos internacionais. «funções sociais do Estado». O Sr. Presidente: — Agradeço que termine, Sr. Pri- Vozes do PS: — Muito bem!

meiro-Ministro. O Orador: — Fomos capazes de cumprir! O Orador: — Verifico, Sr. Deputado Durão Barroso, Se hoje tivéssemos que ser julgados perante a história,

que o sentido útil da sua intervenção, ao dizer que é preci- tínhamos todas as razões para a enfrentar de cabeça ergui-so mudar este Primeiro-Ministro, é o de que Portugal deixe da, porque os compromissos assumidos e as expectativas de respeitar esses compromissos internacionais… criadas foram, no essencial, honrados e cumpridos.

Mas, ao mesmo tempo, nunca perdemos de vista a rea-Vozes do PSD: — Não, não! lidade. Recordo que, quando aqui discutimos o Orçamento