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18 I SÉRIE — NÚMERO 103

depois, no fundamental, a mesma política, a política de O Orador: — A grande vantagem destas medidas é direita – a política do PSD e a política do PP. que não atingem nem os interesses fundamentais dos traba-

lhadores nem os interesses fundamentais relacionados com O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o a possibilidade de acelerar o crescimento económico, atra-

Sr. Primeiro-Ministro. vés da aceleração do próprio investimento. O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Depu- A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — Isto é abso-

tado Carlos Carvalhas, se me permite um momento menos lutamente extraordinário! crispado, gostaria de lhe dizer o seguinte: fiquei muito…

O Orador: — É isto que os senhores ainda não com-O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — São as fuças da es- preenderam, porque se mantêm teimosamente contra a

querda. Não são as fuças da direita! Europa! É evidente que a Europa nos coloca rigor e exi- gência, em certa medida, à qual temos de corresponder, O Orador: — Sr. Deputado Paulo Portas, tenha calma. mas ela é muito diferente da que teríamos se não estivés-

Nunca na minha vida pensaria em atentar contra a sua semos no espaço europeu. compleição. Eu disse, da Tribuna, que uma condição fundamental

de confiança é estarmos hoje no espaço europeu. Os por-Risos do PS e do PCP. tugueses sabem que, estando no espaço europeu, estão ao abrigo das medidas de austeridade que o Sr. Deputado Ora bem, vamos ao que interessa. Carlos Carvalhas referiu como sendo as nossas, porque, no Fiquei sinceramente surpreendido por, 15 minutos de- fundo, não percebeu qual o programa que aqui está em

pois de o Sr. Deputado Durão Barroso intervir, o Sr. Depu- causa. Ora, o programa que aqui está em causa é muito tado vir utilizar o s. Isto quer dizer que de duas, uma: ou simples: é um programa de contenção da despesa com uma andaram os dois na escola,… enorme preocupação em não pôr em causa nem o investi-

mento nem a despesa social, como eu próprio demonstrei. O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Ou, então, no sótão! Aplausos do PS. O Orador: — … ou, então, têm a mesma estratégia. Mas o Sr. Deputado Carlos Carvalhas, que é um ho- O Sr. Presidente: — Para formular as suas questões,

mem inteligente, viu logo que isso era um risco e, então, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Portas. passou do s para o z, de ziguezague. Porque, aqui entre nós, o PCP tem de ser um bocadinho mais esquinado,… O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.

Primeiro-Ministro, quero fazer duas notas prévias sobre a Risos do PS. sua intervenção. Em primeiro lugar, quero notar que, à falta de quem o … um bocadinho menos redondo na formulação das elogie, o Sr. Primeiro-Ministro, agora, elogia-se a si pró-

suas posições. prio. Agora, há uma questão que o Sr. Deputado Carlos Car-

valhas não compreende e que é essencial. Nós estamos na O Sr. Basílio Horta (CDS-PP): — Pois é! zona euro, e é o facto de estarmos na zona euro que nos permite ter uma margem de manobra para evitar exacta- O Orador: — Em segundo lugar, quero notar que V. mente a política que descreveu e que caracterizou como a Ex.ª tem uma tese errada sobre a visão da direita quanto ao política do FMI. Estado social e autoriza-se a possibilidade de se apropriar

do que não é seu. Vozes do PSD: — Já cá faltava o FMI! O Sr. Basílio Horta (CDS-PP): — Muito bem! O Orador: — É evidente que essa margem de manobra

nos coloca ao abrigo de termos de tomar medidas verda- O Orador: — Em matéria de Estado social, os portu-deiramente de austeridade, constantes do pacote do FMI, gueses podem receber hoje duas notícias diferentes. A que atingem de forma directa o rendimento das famílias, notícia que o Sr. Primeiro-Ministro tem a dar ao País é a de nomeadamente dos trabalhadores. que os salários da Função Pública vão ficar «congelados»,

Qual é a lógica do pacote tradicional de medidas de ou seja, é uma boa parte da classe média que vai pagar os austeridade? Desvalorizar a moeda, subir as taxas de juro. seus erros, os erros cometidos por si, Sr. Eng.º António Foi sempre assim! O que quer dizer desvalorizar a moeda? Guterres. Quer dizer reduzir o peso dos salários no conjunto da eco- nomia nacional. O que quer dizer subir as taxas de juro? Vozes do CDS-PP: — Muito bem! Quer dizer afectar o investimento, o crescimento e o em- prego. O Orador: — A notícia que tenho para dar, e que re-

sulta de algo feito conjuntamente consigo, pelo que devia A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — Essa agora! tê-lo referido, é que no dia 1 de Julho muitos pensionistas rurais, entre os mais pobres, vão receber mais 2750$, um