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20 I SÉRIE — NÚMERO 103

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço-lhe que con- O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Elogiou, elogiou! clua, pois já esgotou o tempo de que dispunha.

O Orador: — Aliás, se alguma coisa fiz foi uma auto-O Orador: — Fui eu quem disse isto? Não, foi o Sr. crítica.

Deputado João Cravinho. Sr. Deputado, tome cuidado, Em segundo lugar, quem disse que ia haver salários porque ainda alguém lhe vai «às fuças»! congelados não fui eu mas, sim, o Sr. Deputado.

Risos do CDS-PP. O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Está no Plano de Redução das Despesas! Sr. Primeiro-Ministro, considera que essa perda de ri-

gor, de educação e de comportamento cívico é algo que O Orador: — Portanto, se quer hoje anunciar ao País beneficie a nossa democracia? Sr. Primeiro-Ministro, é só que os salários da Função Pública serão congelados, anun-isto que quero perguntar-lhe. cie-o por sua conta e risco. Ficamos a saber qual a sua

verdadeira intenção! Aplausos do CDS-PP. O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Está no Plano! O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o

Sr. Primeiro-Ministro. O Sr. Presidente: — Sr. Deputado Paulo Portas, peço- lhe que não entre em diálogo directo com o orador. O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Depu-

tado Paulo Portas, verifico que está pouco preocupado com O Orador: — Não é isso o que está no Plano. O que o estado da Nação. consta do Plano tem que ver com moderação salarial e com

aproximação entre as tabelas salariais e a massa salarial. É Aplausos do PS. isso o que está no Plano! Que o Sr. Deputado gostaria de congelar os salários da O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Já lá vou! Função Pública, isso já eu sei há muito tempo, e hoje teve aqui o acto falhado de o revelar! O Orador: — Mas quero tranquilizá-lo de um modo

formal e absoluto: nunca me passou sequer pela cabeça, Aplausos do PS. alguma vez, atentar contra a sua compleição.

Sejamos também rigorosos. No próximo mês de Julho, O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Mas disse, ou não, haverá dois tipos de aumentos extraordinários.

aquilo? O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Há, sim senhor. O Orador: — Sendo o Sr. Deputado Paulo Portas o

representante da direita, o que estou a dizer-lhe é suficiente O Orador: — Um deles resultou, de facto, de uma para que as minhas intenções sejam compreendidas. convergência de esforços do CDS-PP e do Governo, tendo

que ver com as pensões dos rurais, que, aliás, o CDS-PP O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): — Mas disse! tentou monopolizar só para si durante imenso tempo. O Orador: — Já agora, gostaria de dizer-lhe o seguin- O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Tanto como o Sr.

te, e faço esta observação em abstracto: o Sr. Deputado Primeiro-Ministro! Paulo Portas não tem o monopólio do disparate! Pode haver disparates em toda a parte, não é isso o que está em O Orador: — Se hoje tenta lançar-me essa acusação, causa! deveria ir confessar-se imediatamente, antes de correr o

risco de ficar em pecado grave. O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Incluindo o seu! Protestos do CDS-PP. O Orador: — Até eu posso dizer disparates! Mas não

é isso o que está em causa! O que está em causa é que o Sr. Peço imensa desculpa ao Sr. Deputado mas as pensões Deputado Paulo Portas, face a uma intervenção que tem mais baixas de todas são as pensões sociais e o aumento que ver com as questões essenciais do País e dos portugue- mais significativo de todos é o que vai ocorrer para as ses, no momento crucial do debate,… pensões sociais, o qual resultou de uma proposta do Grupo

Parlamentar do PS aceite pelo Governo. O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Para si! Vozes do PS: — Muito bem! O Orador: — … limita-se a fazer algum tipo de graça

parlamentar sem qualquer fundamento ou interesse. O Orador: — Por isso, mérito a mérito, honra a honra; Mas há uma coisa muito importante e fundamental, que ao Sr. Deputado Paulo Portas o que é seu, mas a nós, tam-

é dizer-lhe, em primeiro lugar, que não me elogiei. bém, o que é nosso!