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1466 | I Série - Número 025 | 28 de Novembro de 2003

 

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Sr.ª Deputada, o seu tempo terminou. Conclua por favor.

A Oradora: - Concluo já, Sr.ª Presidente.
Sr.ª Ministra, é esta a razão da viragem de 180º na sua posição.
O País, se seguiu até agora um défice que era "estúpido", nas palavras do comissário europeu, livrou-se talvez desse Pacto, mas não se livrou das políticas que são seguidas pelo Governo português. As políticas são muito mais estúpidas do que o Pacto, que, neste momento, deixamos em stand by.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Exactamente

Protestos de Deputados do PSD.

A Oradora: - Sr.ª Ministra, o que está em causa não é um jogo mediático entre partidos, é o futuro de Portugal. Caiu-lhe a máscara em Bruxelas; mantenha-a caída e ataque, no cerne, os problemas nacionais. O problema nacional é o do desenvolvimento, e o défice só se corrige com uma política de desenvolvimento e não o contrário.

Aplausos do PS.

Protestos de Deputados do PSD.

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr.ª Presidente, Sr.ª Ministra das Finanças, a oposição coloca, e bem, este tema que é interessante. Mas, logo à partida, temos aqui, para que fique claro, duas oposições nesta matéria.
Uma primeira oposição que aproveita o erro da França e da Alemanha para dizer "esqueçam o défice!" - é a posição do Bloco de Esquerda e a do PCP. "Esqueçam o défice!", porquê? Porque o que consideram certo é o Estado gastar, gastar mais, crescer até chegar ao ponto, como sabemos que gostariam, de tudo ser Estado e de só haver Estado.

Vozes do CDS-PP e do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Esta é a primeira oposição.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Bingo!

O Orador: - A segunda oposição é a do Partido Socialista. Esta é diferente, porque, pelo menos na teoria, o Partido Socialista queria também ele controlar o défice e as contas públicas.

Vozes do CDS-PP: - Em teoria!

O Orador: - Na prática, sabemos que foi bem diferente.
O Partido Socialista invoca agora o argumento da coerência. Não concordamos e a Sr.ª Ministra já explicou o nosso ponto de vista, que é de democrata-cristão, se quiser: não queremos impor sanções aos outros quando, por culpa do Partido Socialista, já estivemos nessa situação no passado.

Vozes do CDS-PP: - Exactamente!

O Orador: - Ou seja, tão cristãmente quanto é possível dizê-lo, "não façamos aos outros o que não gostamos que nos façam a nós". Esta é a questão.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Partindo daqui, Sr.ª Ministra, quem errou foram a França e a Alemanha. Não tenhamos dúvidas sobre isto.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!