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1920 | I Série - Número 033 | 19 de Dezembro de 2003

 

cada vez mais dentro da Europa.
Ora, o Sr. Primeiro-Ministro tem contra si o Sr. Ministro Marques Mendes, tem contra si declarações do Dr. Santana Lopes, número dois do partido, mas agora vem dizer-nos que não é nada disso. Não vale a pena…

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, o seu tempo esgotou-se. Tenha a bondade de concluir.

O Orador: - Termino já, Sr. Presidente.
Afinal de contas, Sr. Primeiro-Ministro, quem tem razão: é o Dr., Marques Mendes? É o Dr. Santana Lopes? É V. Ex.ª?
O Sr. Primeiro-Ministro pode iludir esta pergunta como quiser, mas não pode evitar, de maneira nenhuma, que esteja na comunicação social a prova provada de que o seu Governo está profundamente desorientado. O seu partido começa a ver o fracasso, por força da vossa política sem perspectiva, sem horizonte, a favor do desemprego.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, para responder, o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: - Sr. Presidente, Sr. Deputado João Cravinho, mais uma vez a trica, a tentativa de intriga,…

Vozes do PS: - Intriga?!

O Orador: - … a tentativa de procurar criar divisões artificiais,…

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Artificiais?!

O Orador: - Se quiser um guia para saber o que é que está certo, posso dar-lho: aquilo que eu digo é exactamente aquilo que mostra onde está o que é certo para o País.

Risos do PS.

O Sr. Honório Novo (PCP): - Isso já é arrogância!

O Orador: - Portanto, V. Ex.ª pode estar seguro disso.
Ao contrário de VV. Ex.as. Mas foram VV. Ex.as que colocaram Portugal no Pacto de Estabilidade e Crescimento! A verdade é essa!

O Sr. Honório Novo (PCP): - Com o vosso apoio!

O Orador: - Aliás, com o nosso apoio.

Vozes do PS e PCP: - Ah!

O Orador: - Contudo, VV. Ex.as, de algum tempo a esta parte, porque agora as coisas são mais difíceis e porque, aparentemente, é popular dizer mal, dizem mal do Pacto. Que convicção é essa? Que consistência? Que coerência?
Ainda bem que VV. Ex.as não têm a responsabilidade de governar, porque, se governássemos assim, em função do que é a conjuntural opinião, não teríamos a capacidade de impor uma linha de rumo ao nosso país.
Disse aqui hoje que o Pacto de Estabilidade e Crescimento colocou em dúvida a credibilidade das regras da União Europeia. Manifestei-me crítico em relação ao modo como esta questão foi, ou não, gerida pela União Europeia. Mas isso não quer dizer que estejamos contra o Pacto! Essa é que é a grande diferença! Consideramos que o Pacto deve ser credibilizado, e VV. Ex.as aproveitam a primeira dificuldade séria para dizer: "Abandone-se o Pacto, abandone-se a disciplina orçamental!"

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - É falso!