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2631 | I Série - Número 047 | 05 de Fevereiro de 2004

 

Vozes do PSD: - Muito bem!

A Oradora: - Porque se não conseguirmos arranjar esse texto que seja como que um "denominador comum", então ficamos sem saber exactamente quais são os pontos em que nos entendemos.

Vozes do PSD: - Muito bem!

A Oradora: - Quando o Sr. Deputado João Cravinho acaba a sua intervenção a dizer "estamos disponíveis", eu pergunto-lhe: mas estamos disponíveis para quê?! É esse "para quê" que é necessário efectivamente traduzir de alguma forma.

O Sr. João Cravinho (PS): - Para discutir as vossas propostas e as nossas!

A Oradora: - Ó Sr. Deputado João Cravinho, ninguém tem dúvidas de que as pessoas responsáveis que fizeram o apelo a um consenso mínimo para resolução deste problema grave do País não estavam com certeza a pensar em afirmações genéricas nem estavam simplesmente a pedir que disséssemos "estamos todos disponíveis"!!…
Mostrei logo à entrada a minha disponibilidade fazendo propostas concretas. Precisamos de saber se os senhores aceitam essas propostas, se as rejeitam todas, ou se aceitam outras.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Mas que propostas?

A Oradora: - Foi isto que, efectivamente, ainda não percebi. Portanto, como ainda não percebi, é necessário terminar esta nossa discussão com alguma coisa que traduza a disponibilidade mútua. Eu já mostrei disponibilidade em nome do Governo. O Sr. Deputado João Cravinho, depois de ter rebatido tudo e mais alguma coisa, diz que está disponível…

O Sr. João Cravinho (PS): - Ó Sr.ª Ministra!…

A Oradora: - Mas vou sintonizar-me mais na intervenção do Sr. Deputado António Costa, que, sendo líder do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, é natural que represente a posição do seu partido nesta matéria.
Portanto, não vale a pena estarmos aqui a enganarmo-nos uns aos outros! Vamos estabelecer rigorosamente o que é que pretendemos. E o que rigorosamente queremos é apresentar uma proposta concreta.
Apresentei uma proposta em sete pontos. Admito que não queiram os sete e que queiram cinco, esses cinco e mais dois dos senhores… Admitamos isto tudo, mas tem de haver um texto mínimo para resolver a questão.

O Sr. João Cravinho (PS): - E qual é o seu texto Sr.ª Ministra?

A Oradora: - Mais uma vez, mostrámos a nossa disponibilidade para adiar as votações para que hoje se retirem as votações, que estão em causa e que para amanhã se faça um texto. Ora, como o Sr. Deputado António Costa sabe muito bem, demora muito tempo fazer textos técnicos, mas um texto político faz-se rapidamente.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - O político foi o que vocês fizeram.

A Oradora: - É, pois, preciso que haja vontade política, e é na existência ou não existência desse texto que mostre uma vontade mínima que fica explicitada qual é, na realidade, a vontade política de cada um de nós.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A vontade política do Governo estabeleceu-se de forma escrita através de sete propostas. Espero que essa vontade política seja traduzida de alguma forma por parte do Partido Socialista. Se assim não for, foi muito interessante esta discussão, mas não estamos a dar resposta ao apelo que nos foi feito.

Vozes do PS: - Essa agora!