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3162 | I Série - Número 057 | 28 de Fevereiro de 2004

 

Aplausos do PCP.

Risos do PS.

Sr. Primeiro-Ministro, a sua retoma de fantasia e as suas políticas dão nisto: Portugal está hoje na cauda da Europa, atrás da Grécia.

O Sr. Honório Novo (PCP): - Essa é que é a verdade!

O Orador: - Em segundo lugar, de acordo com as suas previsões, Portugal, até 2006, continuará a afastar-se da média europeia. Portugal tem hoje meio milhão de desempregados, o maior ritmo de crescimento de desemprego em toda a Europa, incluindo os novos países da adesão - em média, 400 novos desempregados por dia. Isso é o resultado das suas políticas, da quebra do investimento público, da contracção errada que tem sido feita na economia portuguesa, de que também é responsável a Dr.ª Manuela Ferreira Leite.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Portugal tem hoje salários que, pelo terceiro ano consecutivo, estão a decrescer, a diminuir em termos reais, como é o caso dos salários na função pública, reduzindo o mercado interno, o que, com o investimento público e o privado também em decréscimo - no ano passado, o investimento empresarial teve uma quebra de 26,5% - , significa uma contracção do mercado interno, de acordo, aliás, com as queixas dos empresários, que vieram agora propor o alargamento desse mesmo mercado interno.

O Sr. Honório Novo (PCP): - Exactamente!

O Orador: - Portanto, Sr. Primeiro-Ministro, a sua política é responsável pela recessão, pelo desemprego, pelo atraso na retoma e pela debilidade da mesma.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - As políticas de direita, com o vosso modelo de baixos salários, de desvalorização da actividade produtiva, de debilitação do aparelho produtivo, são responsáveis pela baixa produtividade e pela baixa competitividade.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Lembro, Sr. Primeiro-Ministro, que também não é abrindo o mercado, não o defendendo, que se defende a produtividade e a competitividade.
De acordo com um recente inquérito feito junto de empresários mais activos em toda a União Europeia, estes definiram os mercados de mais fácil acesso, por ordem crescente: o Reino Unido, a Itália e a França. De entre os mais fáceis, encontra-se a poderosíssima economia portuguesa. É por isso que assistimos à crescente substituição da produção nacional pela produção estrangeira.
Mas o que há a esperar de um Primeiro-Ministro que vai a Espanha e, num comício do PP espanhol, afirma, num feérico e resplandecente "portinhol", que "Portugal está com o PP"?!

Vozes do PCP: - É inaceitável!

O Orador: - O Sr. Primeiro-Ministro interveio como Presidente do PSD, mas em nome de Portugal. Portugal a apoiar um partido estrangeiro?! Isto é a clara tradução da subserviência!

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Primeiro-Ministro, não é com subserviência para com o Sr. Bush, o Sr. Blair, os Srs. Berlusconi e Aznar que se ganha competitividade e se defende a economia portuguesa.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - No que diz respeito às empresas, veio dizer que só com empresas saudáveis é que há