O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

3165 | I Série - Número 057 | 28 de Fevereiro de 2004

 

O Orador: - Então, a repercussão daquelas políticas vai até 2006?! É uma nova teoria! Essas são, certamente, teorias de economistas com doutoramento na universidade de quê?! Do ilhéu das Berlengas?

Risos do PCP.

Sr. Primeiro-Ministro, não há aumento da produtividade nem da competitividade quando, por exemplo, uma trabalhadora da indústria têxtil, ao fim de 35 anos de trabalho, leva para casa, no fim do mês, em termos líquidos, menos do que o salário mínimo. Não há aumento da competitividade nem da produtividade quando milhares de trabalhadores, depois de trabalharem sete e oito horas por dia, ainda têm de ir trabalhar mais quatro ou cinco horas a fazer biscates ou num segundo emprego para completarem salários de miséria. Assim não há produtividade nem competitividade na economia portuguesa!

Aplausos do PCP.

Não há produtividade nem competitividade na economia portuguesa quando o que um Governo tem para oferecer à esmagadora maioria dos portugueses, designadamente aos jovens, é um trabalho precário, um baixo salário, ou a emigração. Não há, Sr. Primeiro-Ministro! Nem há aumento da produtividade ou da competitividade quando dezenas de milhar de licenciados, gestores, jovens qualificados, estão no desemprego, a não produzir absolutamente nada, quando a sociedade fez um investimento no seu ensino.
É esta a vossa política.
O que a vossa política fez foi levar o País a uma recessão desnecessária. E o problema não é das despesas, mas das receitas - a Dr.ª Manuela Ferreira Leite pode explicá-lo. Por isso, quando o Sr. Primeiro-Ministro vem aqui falar do combate à evasão fiscal, do combate aos benefícios fiscais, dados a actividades financeiras parasitárias…

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, o seu tempo esgotou-se.

O Orador: - Sr. Presidente, esgotou-se, mas está dito o essencial: o que este Governo tem a fazer é ir-se embora o mais depressa possível, para bem de Portugal e dos portugueses! E o Sr. Presidente da Assembleia da República certamente estará de acordo comigo.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: - Não, Sr. Deputado, com certeza que não estou. Tenho pena de desiludi-lo.
Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: - Sr. Presidente, Sr. Deputado Carlos Carvalhas, V. Ex.ª fez uma referência, que não entendi, ao 24 de Abril.

O Sr. Honório Novo (PCP): - É fácil de entender!

O Orador: - De qualquer modo, quero dizer-lhe o seguinte: eu sou do 25 de Abril, mas contra o 11 de Março! Essa é a nossa diferença.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Até reconheço que V. Ex.ª é pelo 25 de Abril, mas prefere o 11 de Março. Essa é que é a nossa diferença.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Sou pelo 25 de Abril, por uma economia livre, por uma sociedade aberta e por justiça social.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Vozes do PCP: - Vê-se!

O Orador: - Sou pelo 25 de Abril, mas sou contra o modelo que VV. Ex.as quiseram impor e