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3176 | I Série - Número 057 | 28 de Fevereiro de 2004

 

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Em segundo lugar, para além dessa arrogância cada vez mais acentuada na forma como se relaciona com os partidos da oposição, o Sr. Primeiro-Ministro foi muito infeliz na sua ideia de recorrer à Sr.ª Comissária Loyola de Palacio para justificar a posição de Portugal, porque a Sr.ª Comissária é conhecida por todos os seus colegas europeus como alguém que representa muito bem e, aliás, de uma forma muito viva o lobby nuclear na Europa.

Vozes de Os Verdes: - Muito bem!

O Sr. Honório Novo (PCP): - Exactamente!

A Oradora: - Este entendimento existe em muitos sectores, e o Sr. Primeiro-Ministro, se quiser, vai ter oportunidade de o confirmar com os seus colegas, pois é uma evidência para toda a gente.
Mas, Sr. Primeiro-Ministro, acho lamentável que, sobre desafios globais, a resposta seja a irresponsabilidade nacional,…

Vozes do PCP: - Exactamente!

A Oradora: - … porque é tudo tão acima, tão acima, que nós pequenininhos, coitados, não podemos fazer nada! É esta a sua atitude, a sua abordagem, em relação a desafios que são ameaças à segurança e que constituem factores de perturbação para a saúde, que são - como, aliás, o Pentágono disse, mas teve de ocultar o relatório -, mais do que o terrorismo, um dos gravíssimos problemas que se vão colocar à Europa e ao mundo, e que não pode ser escamoteado.
Por último, Sr. Primeiro-Ministro, há coisas na Constituição da República Portuguesa que talvez seja importante ler, tais como os compromissos globais, a ética da responsabilidade, a solidariedade em relação ao futuro. Estes são valores que, do nosso ponto de vista, não são descartáveis para governo nenhum.

Vozes de Os Verdes e do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada Isabel Castro, estive a ouvi-la atentamente para ver se, na sua intervenção, havia alguma sombra de defesa da honra. Francamente, não a encontrei,…

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Paciência!

O Sr. Presidente: - … mas dou a palavra ao Sr. Primeiro-Ministro para dar explicações.

O Sr. Primeiro-Ministro: - Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Isabel Castro, de facto, não se encontrou qualquer necessidade de defesa da honra.
O que eu disse, e mantenho, é que a Sr.ª Deputada recorreu na sua intervenção a expressões que demonstram uma vontade de "poluição intelectual". O que é que quero dizer com isto? Quero dizer que falta à verdade, ao rigor e àquilo que são as regras de um debate racional e sério no Parlamento, quando, por exemplo, me atribui posições que nunca tive.

Vozes do PS: - Olha quem fala!

O Orador: - A Sr.ª Deputada disse expressamente (consta na Acta) que eu disse que o ambiente não era uma bandeira deste Governo. Eu nunca disse isto! Pelo contrário, considero o ambiente uma prioridade do Governo e uma prioridade nacional!
A Sr.ª Deputada pode dizer: "Eu acho que não é assim, que o senhor não pensa assim". Está bem, é a sua opinião! Mas não pode dizer algo que eu não disse! Isso é falta de rigor e de honestidade no debate político. E por isso mantenho tudo o que disse!
E, Sr.ª Deputada, não venha agora com questões de cultura democrática, porque há uma diferença fundamental entre nós. Sabe qual é? O meu partido foi a eleições, Sr.ª Deputada, já perdemos e já ganhamos eleições, mas o seu partido nunca se apresentou a eleições.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.