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3914 | I Série - Número 072 | 02 de Abril de 2004

 

Demorou 9 minutos, Sr. Deputado!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): - E está a melhorar!

O Orador: - E a dificuldade na capacidade de dialogar, Sr. Deputado Francisco Louçã, está no seguinte: nós nunca tivemos qualquer tipo de ambiguidade em relação a nenhum tipo de terror, ao contrário do Bloco de Esquerda,…

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - … que, várias vezes, teve posições ambíguas sobre o terrorismo. Aliás, basta recordar as vossas posições em relação à ETA, em Espanha.

Vozes do CDS-PP e do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Em relação ao Iraque, Sr. Deputado - comecemos por aí -, é possível discutir a situação entre democratas e dentro da própria divisão que se gerou na Europa, ou seja, entre aqueles que entendiam que havia razão para a solidariedade com o aliado americano e aqueles que entendiam que a posição francesa era a mais correcta e equilibrada. Este diálogo é possível! Mas esta não era a posição do Bloco de Esquerda! O Bloco de Esquerda era contra qualquer intervenção no Iraque, com ou sem mandato das Nações Unidas, com ou sem cobertura das organizações internacionais.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

E aqui, Sr. Deputado, já não há diálogo possível, porque os senhores estão fora do quadro das Nações Unidas! E não só estão fora do quadro das resoluções das Nações Unidas como - dizem - são contra as nossas alianças, são contra as nossas alianças estruturais!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Pergunto-lhe, Sr. Deputado Francisco Louçã, se o Bloco de Esquerda nos pode dizer, claramente, que em relação às Nações Unidas, no caso do Iraque, era indiferente e quanto aos aliados têm dúvidas. Os senhores são a favor - e digam-no, claramente, preto no branco - de que Portugal seja membro da NATO, como sucede com todos os partidos democráticos em Portugal, ou são contra a presença de Portugal na NATO?

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - É importante sabê-lo, porque também já sabemos que, quanto a uma maior cooperação na defesa europeia, os senhores disseram aqui que são contra e que não a aceitam.
A conclusão é óbvia: de acordo com a vossa posição, ficaríamos fora de qualquer política externa razoável, que deve ser europeia, atlântica e lusófona.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Ficaríamos completamente fora de qualquer política externa razoável para Portugal.
A verdade é esta, Sr. Deputado: o senhor pode dizer que Ossama bin Laden é saudita - é verdade! -, mas também sabe que é um dissidente e que era no Afeganistão que ele estava.
Acredito que os senhores entendam que o Afeganistão, com os taliban, estava melhor do que está hoje, a mim, não me parece, entendo que o Afeganistão estava muito pior com os taliban do que está hoje.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - E também entendo que o Iraque, com Saddam Hussein, estava pior do que está hoje. Esta é que é a verdade!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, esgotou-se o tempo de que dispunha. Peço-lhe que termine.