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3918 | I Série - Número 072 | 02 de Abril de 2004

 

comunitárias.
Abordando um outro aspecto da intervenção da Sr.ª Ministra, quero dizer que apreciei a visita que fez ao Iraque. A Sr.ª Ministra esteve lá e teve oportunidade de ver e de comprovar como as coisas se passam.
Essa sua visita relâmpago, como muitos lhe chamaram, foi, de facto, de uma grande oportunidade, não só numa lógica de mobilização da opinião pública mas também numa lógica de solidariedade para com os portugueses que lá se encontram a servir uma causa e a servir e a honrar o nome de Portugal.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - A Sr.ª Ministra contactou o corpo da GNR, falou com os responsáveis políticos e com várias pessoas, tendo tido oportunidade de confrontar e de verificar na prática certos aspectos.
Sr.ª Ministra, com objectividade, o que viu? Que realidade concreta observou? Como avalia aquela situação? Enfim, como vê - e gostava que aprofundasse esta questão -, no médio prazo, a estabilidade do território, a estabilidade das populações e a instalação da democracia?
Sr.ª Ministra, são estas as questões muito concretas que quero deixar-lhe.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Vera Jardim.

O Sr. José Vera Jardim (PS): - Sr. Presidente, Sr.ª Ministra dos Negócios Estrangeiros, neste nosso primeiro diálogo no Plenário, permita-me que lhe dirija cordiais e, com a sua autorização, amigos cumprimentos. É com muito prazer que dialogo consigo agora, e com maior prazer ainda porque, certamente, vai elucidar o meu espírito sobre um conjunto de questões muito concretas relativamente às quais consideramos importante conhecer o pensamento da Ministra dos Negócios Estrangeiros.
Sr.ª Ministra, realizamos hoje, aqui, um debate sobre política externa, que não é exactamente a mesma coisa que um debate sobre o terrorismo. É um debate sobre política externa.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): - Exactamente!

O Orador: - É certo que o terrorismo é hoje o grande problema que a sociedade internacional defronta e que também nós, europeus, defrontamos, como ainda há umas semanas, dolorosamente, o soubemos. Se não o sabíamos já, tomámos consciência dele.
Mas, Sr.ª Ministra, as perguntas que tenho a colocar-lhe são muito concretas.
Considera a Sr.ª Ministra, na sua avaliação, que a guerra do Iraque, designadamente depois da vitória das forças da coligação, contribuiu para diminuir o risco de terrorismo no mundo, ou, pelo contrário, que o agravou?

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Considera a Sr.ª Ministra, no seu entender, que a guerra no Iraque, tal como tinha sido visionado pelos seus principais fautores, contribuiu para solucionar ou caminhar mais para uma solução do conflito do Médio Oriente, ou, pelo contrário, que o agravou?

O Sr. António José Seguro (PS): - Muito bem!

O Orador: - Entre o multilateralismo e a adesão plena à Carta das Nações Unidas, transcrita no documento de Solana, aprovado na União Europeia, ou o unilateralismo da Administração americana ou, pelo menos, de alguns próximos dela, a qual deles é que V. Ex.ª adere, se, naturalmente, houver conflito, como já foi o caso?
Sr.ª Ministra, em seu entendimento, a luta contra o terrorismo e os perigos de turbulências variadas no mundo e na Europa ganhou ou perdeu com a divisão da Europa?
Para terminar, Sr.ª Ministra, considera ainda que há uma nova Europa e uma velha Europa?

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra a Sr.ª Ministra dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas.