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4472 | I Série - Número 082 | 30 de Abril de 2004

 

No que diz respeito à toxicodependência e em relação ao IDT, há também um rastreio activo destas duas infecções, SIDA e tuberculose.
Quanto aos imigrantes, o plano é idêntico.
Também vamos criar centros móveis de terapêutica combinada para tentarmos resolver este problema em ambulatório.
Portanto, Sr.ª Deputada, estamos a fazer o que é possível. A Sr.ª Deputada não deve dizer que esse problema é de hoje. Trata-se de um problema grave, sem dúvida, mas é um problema que estamos a resolver e que os senhores não o resolveram.

O Sr. Afonso Candal (PS): - Não estão, não!

O Orador: - Gostaria, ainda, de me referir à questão dos hospitais, e aproveito para responder também ao Sr. Deputado Álvaro Castello-Branco, agradecendo desde já as suas palavras.
Sejamos sérios, Srs. Deputados! Vamos falar de coisas sérias! Sem dúvida que, em termos práticos, de maneira fundamentada (que é uma coisa que a oposição não gosta de ouvir), os ganhos da saúde para a população portuguesa em 2003 são iniludíveis. É o que sucede relativamente aos hospitais SA.
Temos um estudo recente feito por uma universidade, que não se pode acusar de não ser credível ou independente, estudo esse relativo à qualidade apercebida e ao grau de satisfação dos utentes. Os senhores sabem isto perfeitamente. É assim na política do medicamento, é assim nos hospitais SPA, é assim nos centros de saúde.
Já agora, deixem-me dar alguns números. Sei que os senhores não gostam, mas é a maneira prática de os portugueses lá fora saberem do que estamos a falar.
Em relação aos números totais da produção de consultas nos centros de saúde nos últimos anos, temos: em 1999, 31,6 milhões; em 2000, 31,5 milhões (baixou!); em 2001, 31,4 milhões (baixou!); em 2002, 32,2 milhões (subiu!); em 2003, 34 milhões (subiu mais ainda!). Este é o primeiro ano em que a produção de consultas é de longe superior ao acréscimo de custos. É disto que os senhores não gostam!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Ao Sr. Deputado Francisco Louçã direi o seguinte: o Sr. Deputado costuma falar em trapalhadas. Isso faz-me lembrar o Carnaval. E o Sr. Deputado tem dado aqui um Carnaval de desconhecimento do que faz, do que sabe e do que fala. Na última vez que aqui estive, o Sr. Deputado falou de algo que demonstra a mais completa ignorância relativamente ao que se passa em termos, por exemplo, dos hospitais SA.
Mais, e deixe-me criticá-lo: o Sr. Deputado tem (como é que hei-de dizer?) um índice de demagogia levado a tal ponto que pensa que pode enganar as pessoas. Mas não engana as pessoas, Sr. Deputado!
Vou explicar-lhe o que se passa com a NetSaúde.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Comece pela viagem, Sr. Ministro!

O Orador: - A NetSaúde é um serviço electrónico que permite aos portugueses ligarem para o seu médico, se ele assim o quiser, a qualquer hora do dia. Portanto, é um ganho extraordinário para as pessoas. As pessoas podem pegar no telefone, ligar para o seu médico, se este o permitir, e ter não direi uma consulta mas um conselho ou um aconselhamento.
Deixe-me dar-lhe um número. No serviço nacional de saúde inglês, o contact center, que funciona através do telefone e que também vamos ter no nosso país, é responsável por uma diminuição de cerca de 20% das urgências.
Ora, tudo isto tem não só um impacto ao nível de ganhos na área da saúde mas também ganhos de qualidade para as pessoas.
O Sr. Deputado, se calhar, é um dos privilegiados que, quando tem algum problema de saúde, pega no telefone e liga para um médico amigo e esse médico diz-lhe: "Olhe, não vá à urgência, tente isto ou tente aquilo". O senhor quer negar esse direito aos portugueses?

Risos do PS.

O senhor, que é um privilegiado? É isso que o senhor lhes quer negar?

O Sr. Francisco Louçã (BE): - O senhor devia ter vergonha!

O Orador: - É isto que lhe dói!