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4473 | I Série - Número 082 | 30 de Abril de 2004

 

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O senhor tenta encobrir um preconceito que tem fazendo demagogia. O senhor tem uma cegueira ideológica. Já lhe disse uma vez, e volto a repetir, com todo o respeito, que o senhor põe a ideologia à frente das pessoas, o senhor privilegia, antes de mais, a ideologia, quando o que nós estamos a resolver é o problema concreto das pessoas, no seu dia-a-dia.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Deputado está a tentar fazer demagogia ao dizer: "Então, paga-se 24$?!". Ó Sr. Deputado, pergunte às pessoas lá fora se não preferem, para poderem ser aconselhadas pelo seu médico, pagar esse preço por uma chamada telefónica.
O que o Sr. Deputado quer é dar a ideia de que há contornos menos claros. Não é verdade, Sr. Deputado. Nós estamos a actuar no interesse dos cidadãos, estamos a actuar no interesse das pessoas. É isso que lhe dói. O Sr. Deputado não gosta, porque estamos a falar de uma entidade privada.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Já vai sendo tempo, Sr. Deputado, de simpatizar mais com as pessoas, independentemente das ideias que tem na cabeça.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - O Sr. Deputado Bernardino Soares falou das listas de espera. Sr. Deputado, a promessa que fiz - e desafio-o a ver o que eu disse, que está escrito e gravado na televisão - foi a de que em dois anos acabaríamos com aquela lista de espera composta pelas pessoas que estavam identificadas em 30 de Junho de 2002…

O Sr. Afonso Candal (PS): - E não acabou!

O Orador: - … e a promessa foi cumprida.
Sr. Deputado, sei que esta sessão está a ser gravada e sei o que estou a dizer.. Ou seja, neste momento, 93% das pessoas já foram intervencionadas, faltam 8000, mas o prazo termina em Novembro de 2004.

O Sr. António José Seguro (PS): - A promessa do Sr. Primeiro-Ministro foi a de que o prazo terminava em Março!

O Orador: - Portanto, Sr. Deputado, não é sério vir com esse tipo de argumentação.
Deixe-me acrescentar mais uma coisa: de facto, o que é importante é o tempo que as pessoas esperam por uma cirurgia. É isso que acontece nos sistemas de saúde similares ao português, ou seja, sistemas generalistas pagos com impostos, como é o caso do inglês ou do espanhol.
Sr. Deputado, informe-se, não fale daquilo que não sabe!

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Se atentar no que se passa nos sistemas nacionais de saúde inglês e espanhol, verifica que os objectivos são em termos de tempo médio de espera.
Sr. Deputado, é bem mais eficiente um sistema de saúde que tenha, por exemplo, meio milhão de pessoas à espera (não é o nosso caso, mas é uma hipótese) e resolva os problemas dessas pessoas num mês do que outro que só tenha 50 000 pessoas à espera mas que demore 12 meses.
É isto que as pessoas que estão em casa percebem e não os vossos discursos eivados de ideologia que esquecem os interesses concretos das pessoas. Este é que é o aspecto decisivo, Sr. Deputado.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Deixe-me dizer-lhe ainda outra coisa, referindo-me mais uma vez à realidade: de facto, aumentámos o sistema nacional, ou seja, a capacidade nacional de realizar cirurgias aumentou, em termos totais, de 2002 para 2003, em cerca de 50 000 cirurgias.