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5715 | I Série - Número 106 | 28 de Julho de 2004

 

O Orador: - Conceda-me esse direito, porque eu também lhe reconheço esse mesmo direito, porque sei que é um homem sério que luta pelas suas convicções. Reconheça-me o mesmo direito a mim.
Eu não mudei de vida por estar na política há 25 anos, não passei a ser rico, tenho as mesmas condições de vida e espero mantê-las assim até ao resto dos meus dias.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Sr. Presidente, o Sr. Primeiro-Ministro, na primeiras parte da sua intervenção, entendeu referir-se à campanha eleitoral do Bloco de Esquerda em termos que suscitam a defesa da honra da minha bancada.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado. Peço-lhe, no entanto, que seja breve.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, registo as suas últimas palavras.
Nós estamos aqui num debate político, um debate de confrontação. Portugal está farto de meias palavras! Portugal está farto de "paninhos quentes"! A dimensão da crise do País exige o esclarecimento de alternativas, e é com isso que nos comprometemos.
Por isso, a questão da saúde e a questão do referendo constitucional são questões democráticas de igual relevo, repito, de igual relevo. Os portugueses têm direito de votar num referendo sobre a Constituição Europeia, isso foi-lhe prometido e, portanto, não aceitaremos que este referendo não exista.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, isso nada tem a ver com a questão que levantou.
Eu dei-lhe a palavra para uma questão relacionada com a campanha do seu partido.

O Orador: - Mas eu tenho de enquadrar a resposta, Sr. Presidente. Agradeço a sua atenção.

O Sr. Presidente: - É que, senão, corto-lhe a palavra, Sr. Deputado.

O Orador: - É por isso que a sua referência, Sr. Primeiro-Ministro, é de extraordinário mau gosto.
Mas eu dou-lhe todos os dados: colocámos 100 outdoors de 3x8 - posso dar-lhe a lista dos locais onde o fizemos e submetê-la a controlo -, 200 outdoors pequenos, mas cada distrital do PSD colocou números superiores.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): - É mentira!

O Orador: - Mas entendamo-nos bem! Percebo o seu incómodo. Havia um cartaz que falava da lista dos mentirosos, que dizia: "Eles mentem. Eles perdem". Lá estava Aznar, Blair, Bush e Durão Barroso. E os senhores não toleram que vos apontem a vossa responsabilidade!

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Agora, se têm a mínima dúvida, o que, pelos vistos, os Deputados que estão a protestar nem querem saber, deixo-lhe um desafio, Dr. Santana Lopes, que tem a ver com a proposta que fizemos, que mantemos e para a qual estamos sempre dispostos, no que diz respeito à Lei do Financiamento dos Partidos e das Campanhas Eleitorais: aceitamos e queremos que todos os responsáveis políticos, do Major Valentim Loureiro à pessoa mais decente do PSD e do PP, passando por todos os dirigentes do Bloco de Esquerda, todos sem excepção, tenham as suas contas bancárias verificadas por qualquer autoridade judicial do Tribunal de Contas ou do Tribunal Constitucional. Propusemo-lo e estamos dispostos a voltar a fazê-lo.

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): - Muito bem!