O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0206 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005

 

entre referendos e eleições, para abonar o bem fundado desta nossa posição.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Não foi há quatro anos, foi há quatro meses!

O Orador: - Podem dizer-nos que há países em que é assim e até podem repetir o exemplo de sempre, o dos Estados Unidos, onde no dia das eleições presidenciais se realizam referendos às dúzias, a par com eleições do mais diverso tipo.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Exactamente!

O Orador: - Mas esse argumento só pode servir contra quem o usa, porque um país onde a maioria dos cidadãos permanece alheada dos actos eleitorais ou referendários e onde nem sempre ganha quem tem mais votos, não é, seguramente, um bom exemplo a seguir, …

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Muito bem!

O Orador: - … para além de que não concordamos com uma concepção, infelizmente muito em voga em alguns sectores, segundo a qual tudo o que existe nos Estados Unidos é bom para Portugal, mesmo que seja mau para os Estados Unidos.

Risos do PCP.

Os votos que fazemos é que esta proposta da simultaneidade não seja o início de mais uma trapalhada destinada a inviabilizar o referendo. É que a posição do PS já passou por três fases: na primeira fase não queria referendo, na segunda admitia o referendo, desde que, no fim, não houvesse referendo; na terceira volta a admitir o referendo, desde que haja outra eleição que impeça os portugueses de pensar no referendo ou se arranje uma nova trapalhada que impeça outra vez o referendo e que permita ao PS dizer que não teve culpa nenhuma por tão lamentável desfecho.

Aplausos do PCP.

Mas esperemos, Srs. Deputados, que este seja um vaticínio excessivamente pessimista e que não se confirme. Ficaríamos muito satisfeitos com isso. O nosso propósito é o de conseguir que os portugueses possam ser chamados a decidir se querem ou não que o nosso país fique vinculado a um Tratado que consagra a total supremacia do direito comunitário sobre a Constituição e sobre as leis portuguesas e que o possam fazer com total transparência, depois de um debate profundo, sério e esclarecedor.
Queremos um referendo sério, sem truques e sem subterfúgios, que respeite os portugueses e a sua opinião soberana. Se for esse o objectivo de todos, podem, evidentemente, contar connosco.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Quero, em primeiro lugar e numa breve intervenção, referenciar duas ou três ideias sobre a matéria que aqui nos é trazida a discussão, começando por referir que o Partido Ecologista "Os Verdes" concorda com a abertura de um processo de revisão constitucional extraordinária única e exclusivamente para permitir que os portugueses se possam pronunciar sobre o Tratado Constitucional Europeu.
Sempre temos referido que há quem diga que quer o referendo sem o querer de facto, e utilizando todos os artifícios para parecer que o quer não o querendo de facto. Assim se têm posicionado o PS e o PSD, nunca permitindo que, apesar de algumas propostas de revisão constitucional que o podiam já ter consagrado mas que o PS e o PSD sempre rejeitaram, se incluísse no nosso texto constitucional a possibilidade de referendar tratados internacionais, entre os quais os tratados europeus.
Assim foi em 1998 e em 2003: o inventar-se, o pactuar-se, o acordar-se à pressa uma pergunta que permitisse fingir que se queria, de facto, um referendo. O destino era certo e sabido: o "chumbo"

Páginas Relacionadas
Página 0197:
0197 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   inclusive, de Joaquim Cêr
Pág.Página 197
Página 0198:
0198 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   O Orador: - Não há nada m
Pág.Página 198
Página 0199:
0199 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   perda de tempo, ao descré
Pág.Página 199
Página 0200:
0200 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   O Orador: - Vai, pois, o
Pág.Página 200
Página 0201:
0201 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   de 2004. Questão de natur
Pág.Página 201
Página 0202:
0202 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   Fazer desta revisão const
Pág.Página 202
Página 0203:
0203 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   considerar até de constit
Pág.Página 203
Página 0204:
0204 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   objecto de convenção inte
Pág.Página 204
Página 0205:
0205 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   Vozes do PCP: - Exactamen
Pág.Página 205
Página 0207:
0207 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   por parte do Tribunal Con
Pág.Página 207
Página 0208:
0208 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   sugeriu. O Sr. Telm
Pág.Página 208
Página 0209:
0209 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   alterações que, presumive
Pág.Página 209
Página 0210:
0210 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   de Estado, o que não deve
Pág.Página 210
Página 0211:
0211 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   o Partido Socialista, qua
Pág.Página 211
Página 0212:
0212 | I Série - Número 006 | 08 de Abril de 2005   Pausa. Srs. Deputad
Pág.Página 212