O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

8 DE NOVEMBRO DE 2006

37

razão para protestar, mas, apesar disso, Sr. Deputado — e peço desculpa por dizê-lo —, este é um sistema justo.

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — São pessoas com deficiências!

O Orador: — Podem dizer o que quiserem, mas este sistema é mais justo!

Protestos do PSD e do CDS-PP.

São pessoas com deficiências, é verdade. No entanto, quero dizer-vos que uma pessoa com deficiências não fica sem apoio, fica, sim, sem o apoio que tinha antes.

Risos do PSD e do CDS-PP.

Para aquelas pessoas com deficiência mas que têm 5000 € de rendimento e com 900 ou 1000 € de dedução fiscal, eu digo que o apoio deve ser prioritariamente dirigido àqueles deficientes que mais precisam.
Isso é ter consciência social!

Aplausos do PS.

O Sr. António Filipe (PCP): — Os deficientes que paguem a crise!

O Orador: — Mas, Sr. Deputado, quero agradecer-lhe por ter dito a verdade. É que o Estado não poupa um cêntimo com esta mudança.
Quanto ao desemprego, Sr. Deputado, recomendo que não se precipite e que espere, como eu estou à espera, dos números do 3.º trimestre do INE.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Estou à espera desde Julho!

O Orador: — Eu, tal como o Sr. Deputado, também estou à espera desde Julho pelos números do 3.º trimestre do INE.
O que sei dizer-lhe é que de Janeiro a Junho a taxa de desemprego baixou de 8% para 7,3%, isto é, baixou sete décimas. Acontece que fui ver o histórico e verifiquei que uma redução de sete décimas nunca tinha acontecido nos primeiros seis meses de um ano. Este é o primeiro sinal.
Mais, Sr. Deputado: desde Junho do ano passado a Junho deste ano, criaram-se 48 000 postos de trabalho. Mais ainda: desde que cheguei ao Governo, em Março de 2005, até Junho de 2006, criaram-se 87 000 postos de trabalho. O Sr. Deputado acha que isto é próprio…

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Então, por que razão a taxa de desemprego é a mesma?!

O Orador: — Ó Sr. Deputado, a população activa tem aumentado! Sr. Deputado, para o próximo ano, prevemos que a taxa de desemprego recue. Diz o Sr. Deputado «É só uma décima!». Mas é a primeira vez nos últimos seis anos, Sr. Deputado! E digo-lhe mais: tenho esperança de que a taxa de desemprego se reduza ainda este ano. Se, este ano, se reduzir a taxa de desemprego, isso significa não só que o conseguimos fazer ao fim de cinco anos mas também não apenas que contivemos o crescimento do desemprego como o desemprego começou, finalmente, a recuar, a abrandar. Ou seja, a economia não só está a criar mais empregos como há menos desempregados, se isso se verificar, claro está. Mas cá estaremos para ver!

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, não se precipite em matéria de emprego. A verdade é que a «Marcha pelo Emprego», que organizou no Verão e que eu considerei uma precipitação, foi desmentida pela realidade do desemprego.
Sobre a mobilidade, devo dizer que vamos fazer uma reforma da Administração Pública.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Bem sabemos!

O Orador: — E vamos fazê-la porque não queremos que tudo fique na mesma. Queremos fazer esta reforma em nome do Estado social, queremos serviços públicos mais eficientes, mais capazes de prestarem um melhor serviço para um Estado mais prestigiado, com mais eficácia e que gaste melhor o dinheiro dos contribuintes. É para isso que estamos a fazer esta reforma. E vamos fazê-la com critério. Nós não começámos com os cortes cegos,…