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9 DE NOVEMBRO DE 2006

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Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Ministro da Economia e da Inovação.

Vozes do PSD: — Ah!… Seja bem-vindo, bem aparecido!

O Sr. Ministro da Economia e da Inovação (Manuel Pinho): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: É bom sinal quando o Ministro da Economia e da Inovação intervém no debate sobre o Orçamento para dizer que o crescimento e as exportações tiveram um comportamento melhor do que previsto. É bom para o país.

Aplausos do PS.

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Chegou com um ano de atraso!

O Orador: — Os sinais positivos sucedem-se de dia para dia. Ainda ontem, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que o índice de encomendas à indústria subiu 8% no mês de Outubro. A situação ainda seria melhor se não tivéssemos de tentar atingir simultaneamente três objectivos: sanear as finanças públicas; aumentar o crescimento e o emprego; reduzir o nosso atraso estrutural. Mas, de facto, não temos outra alternativa senão lutar por atingir estes objectivos ao mesmo tempo.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Bem lembrado!

O Orador: — Durante o debate do Orçamento do Estado para 2006, há um ano, a oposição perguntou: onde está a economia e o Ministro da Economia? Vou responder: estou aqui, para vos recordar que diziam que era excesso de optimismo por parte do Governo quando dizia que a economia cresceria 1,1%.

O Sr. António Filipe (PCP): — Os esclarecimentos tem a resposta daqui a um ano!

O Orador: — Não! Não era excesso de optimismo. Prova disTo é que desde então o Banco de Portugal, a OCDE, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional reviram o crescimento da economia portuguesa e sempre em alta.

Aplausos do PS.

Por exemplo, o Banco de Portugal começou por apresentar uma previsão de 0,8% no Boletim Económico da Primavera, depois subiu-a para 1,2% e, agora, o seu Governador já afirmou que haveria uma nova revisão em alta.
Mas também estou aqui para vos recordar que não é norma, não é frequente, que o crescimento acabe por ser superior ao previsto aquando da apresentação do Orçamento.
Recordo, por exemplo, o ano de 2003 em que se previu um crescimento de 1,75% e que ele acabou por ser de (-)1,1%, ou seja, um erro de quase 3 pontos percentuais.

Vozes do PS: — Bem lembrado!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — É sempre a mesma coisa! O Orador: — São precisamente a incapacidade em cumprir os objectivos de crescimento e a sistemática necessidade da justificar sucessivos falhanços nas finanças pública que explicam por que é que se perderam três anos a fazer análises sobre análises relativamente ao passado e a falar na crise.

Aplausos do PS.

Há um ano, a oposição também tinha dúvidas sobre o crescimento das exportações. O PSD, pela boca do Deputado Patinha Antão, falava de uma confusão entre desejo e realidade; o CDS, pela boca do Deputado António Pires de Lima, duvidava daquilo que classificava como «um crescimento meteórico das exportações».
Não! Não era excesso de optimismo, estou aqui para recordar que o crescimento das exportações superou as expectativas: no 1.º semestre, elas apenas cresceram mais depressa na Alemanha e na Finlândia do que em Portugal.
As receitas do turismo, até Agosto, foram 40% superiores às do ano da EXPO 98.
As exportações de têxteis recomeçaram a crescer depois de cinco semestres consecutivos em que baixaram dois dígitos. As associações do sector estão gratas não só pelos programas específicos de apoio