O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 18

62

O Orador: — Mas, Sr.ª Deputada, quando falamos em investigação científica, no investimento que há na investigação científica,…

Protestos do PCP.

… no grande aumento para investigação científica, não esquecemos que a esmagadora maioria dos investigadores científicos em Portugal são professores universitários ou do politécnico.

A Sr.ª Luísa Mesquita (PCP): — É isso mesmo!

O Orador: — É através dos projectos (estou a orientar alguns projectos científicos, sei do que falo) que entram verbas nas universidades e nos politécnicos.

Vozes do PS: — Muito bem!

A Sr.ª Luísa Mesquita (PCP): — Que projectos, Sr. Deputado?

O Orador: — A Sr.ª Deputada está convencida de que aqui estamos a falar de projectos «para amigos», porque acha que, em Portugal, faça-se o que se fizer, teremos sempre a fatalidade de falar com os amigos, de funcionar com os amigos.
Sr.ª Deputada, está a falar com a elite científica do País e todos os projectos, todos os professores universitários e todos os investigadores que apresentam projectos de investigação para financiamento são analisados por comissões técnicas competentes que determinam se os projectos são ou não avaliados.
Quando disse que estávamos a falar em minorias,…

A Sr.ª Luísa Mesquita (PCP): — Em elites!

O Orador: — … em elites — foi o Sr. Deputado Abel Baptista quem falou nas elites… Mas, em investigação científica no ensino superior, estamos a falar de elites,…

A Sr.ª Luísa Mesquita (PCP): — Ah!…

O Orador: — … porque são exactamente essas elites que produzem, que têm como função social produzir um trabalho científico. Não vamos cair na demagogia de dizer que toda a gente, em todos os pontos do país, está a produzir ciência. Cada pessoa está a produzir aquilo para que tem competência e onde é capaz de produzir mais-valias.
O Sr. Deputado Abel Baptista acha que não li o mesmo Orçamento.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — E não!

O Orador — Também me dá impressão que não estamos no mesmo país. O senhor anda num país e eu ando noutro; o senhor tem uns óculos, eu tenho outros! Provavelmente, é isto que faz com que o senhor esteja desse lado e eu deste. Temos visões diferentes.

Aplausos do PS.

Agora, prove, através dos nomes que tem, que, pelos vistos, não são iguais aos que citei, que é mentira aquilo que eu disse.

Protestos do Deputado do CDS-PP Abel Baptista.

Prove que uma parte do investimento dedicado à investigação não vai para as universidades.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — É verdade!

O Orador: — Prove que não é possível, real e efectivo que a investigação científica, em Portugal, seja feita em colaboração íntima com as universidades, com os politécnicos e com os laboratórios.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Pergunte aos reitores!

O Orador: — É disto que estamos a falar. Estamos a falar de inteligência, Sr. Deputado! Estamos a falar de aquisição e produção de conhecimentos!