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I SÉRIE — NÚMERO 30

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cada vez mais, aplaudir o Governo, de pé ou sentados, dependendo da energia no momento dos seus Deputados?

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

Vozes do PS: — Oh!

O Orador: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Sobre tudo isto a posição do CDS é clara. Queremos transparência, queremos fiscalizar o Governo e exercer totalmente a nossa função democrática.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Orador: — Não dependemos de erros infantis de um Governo, de uma equipa ministerial ou de um Ministro.

Aplausos do CDS-PP.

Não queremos uma Assembleia da República funcionalizada pela maioria absoluta de um só partido.
Temas como o modelo de regulação, a questão das tarifas ou a falhada candidatura à Agencia Internacional de Energia vão mesmo conhecer a luz do dia.
Também por isso lança o CDS um conjunto de desafios. Em primeiro lugar, ao PS, para que seja democrata.

Vozes do PS: — Oh!

O Orador: — Um partido com as tradições históricas do PS não pode, e não deve, servir como simples meio para atrasar audições parlamentares pretensamente mais incómodas, para desviar as atenções ou para defender um ministro mais desastrado.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Orador: — Estamos disponíveis para que essa audição se faça nos próximos dias e não depois do Natal e do Ano Novo, lá para meados de Janeiro, ou seja, daqui a um mês.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Orador: — Aceita o PS o desafio para proceder de urgência, e no momento político adequado, a esta audição? É ou não para o PS a transparência um elemento essencial em democracia?

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Orador: — Por falar em transparência, lanço também um desafio ao Sr. Deputado João Cravinho.
Temos ouvido e genericamente concordado com as suas propostas quanto a uma maior transparência no sector económico. Pois também a queremos no plano político.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Orador: — E por isso afirmamos aqui que não percebemos que em toda esta questão o Sr. Deputado João Cravinho, Presidente da Comissão de Assuntos Económicos, Inovação e Desenvolvimento Regional, pareça como uma espécie de notário que põe o carimbo de impossibilidade na audição.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Orador: — Será que não é incómoda toda a falta de transparência neste processo? Será que não é incómoda a existência de um despacho feito à última da hora? Nada terá o Sr. Deputado João Cravinho a dizer sobre esta matéria? Devo assumir que parece ao CDS que a coerência das suas posições públicas exigia uma postura crítica em relação a tudo isto e não a posição de um actor secundário. Qual a razão para este silêncio? A disciplina partidária vale assim tanto? O terceiro dos desafios vai directamente para o Sr. Primeiro-Ministro.