I SÉRIE — NÚMERO 40
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Destaco, contudo, que neste domínio das alterações climáticas é muito importante termos absolutas convicções e determinação, porque esta é, porventura, a área política em que podemos mais facilmente contribuir para um bem público global, o ambiente, mas onde podemos também melhorar, e muito, a nossa economia, o que é absolutamente essencial.
Desculpe, Sr. Deputado, mas tenho de o lembrar outra vez que foi com este Governo e nestes dois últimos anos que se deu o maior incremento nas energias renováveis de que há memória na história recente de Portugal. Isto é indesmentível! Qualquer pessoa minimamente familiarizada com o tema da energia poderá explicar ao Sr. Deputado por que é que os concursos que fizemos nas áreas das eólicas significam uma mudança estrutural, por que é que o concurso que fizemos no que respeita aos biocombustíveis significa uma mudança estrutural, por que é que a redução das emissões de CO
2 das nossas instalações termoeléctricas abastecidas a carvão representam uma mudança estrutural e por que é que a entrada e o licenciamento de oito novas instalações de ciclo combinado dão uma redução muito significativa de CO
2 e um incremento à nossa energia, no que diz respeito à sua eficiência.
Em termos de educação, vamos lá ver se nos entendemos. Espero que o Sr. Deputado saiba realmente do que está a falar!
Vozes do PSD: — Sabe, sabe!
O Orador: — V. Ex.ª fala de provas globais. Mas sabe quais eram as consequências dessas provas?
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Acabou com elas ou não?
O Orador: — Eram absolutamente insignificantes, do ponto de vista da progressão.
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Não, senhor! Fazem falta!
O Orador: — O que importa, em termos de exigência, são os exames nacionais, e a verdade é que os mantemos quanto às disciplinas de Matemática e de Português. De facto, os Srs. Deputados não sabem do que falam, porque pensam que essas provas globais tinham uma consequência absolutamente definitiva no percurso escolar, o que não é verdade.
Quero lembrá-lo, Sr. Deputado, que foi este Governo que tornou universais as provas de aferição dos 4.º e 6.º anos, algo que não acontecia até então. Este é um sinal claro de exigência no nosso sistema educativo.
Mas se o Sr. Deputado quer falar de educação, tenho o maior gosto em fazê-lo, para lhe recordar que foi com este Governo que, pela primeira vez, os professores foram colocados por três anos nas escolas, em benefício das famílias portuguesas e de um melhor sistema educativo.
Aplausos do PS.
O Sr. Deputado lembra-se, certamente, do que aconteceu com o seu Governo em matéria de concurso de professores!!… Por outro lado, com este Governo passámos a ter, pela primeira vez, mais alunos nos ensinos básico e secundário, o que se deve a medidas que tomámos no sentido de alargar a oferta nos cursos tecnológicos e profissionais.
O Sr. Marques Guedes (PSD): — Não desconverse!
O Orador: — Em matéria de educação, podemos, portanto, fazer as comparações que o Sr. Deputado quiser. Neste domínio, este Governo tem dado um impulso à qualidade do sistema de ensino, aumentando a sua exigência, por forma a que ele esteja à altura dos tempos e das suas responsabilidades.
Por fim, incomodo-me com as suas insinuações, Sr. Deputado.
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Não são insinuações. São citações!
O Orador: — São insinuações, sim! É porque eu levo as palavras a sério, Sr. Deputado! Ora, quando V.
Ex.ª insinua que o Governo ou o Partido Socialista não estão interessados em combater a corrupção, faz uma insinuação que levamos a sério. Mais uma vez digo, porém, que não lhe reconheço qualquer autoridade moral para falar nessa matéria!
Aplausos do PS.
Eu percebi o seu incómodo, mas é mesmo um sinal dos tempos o facto de, agora, Maria José Morgado