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17 | I Série - Número: 048 | 10 de Fevereiro de 2007

Tenho muito gosto em vir à Assembleia da República,…

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Eu sei! O PS é que não a deixa!

A Oradora: — … até porque é uma Casa que conheço, onde sempre me trataram bem. Virei cá com muito gosto todas as vezes que for necessário, todas as vezes que, maioritariamente, como está implícito no Regimento da Assembleia, os Srs. Deputados me chamarem.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — O PS é que não deixa!

A Oradora: — Por outro lado, tenho todo o gosto em vir cá não apenas porque não me sinto mal mas também porque não me saio assim tão mal.… A Sr.ª Deputada dirá, mas parece-me que não!… Em terceiro lugar, algumas das questões que colocou são questões de que falei na minha intervenção inicial, durante a qual a Sr.ª Deputada não estava presente. Mas repito-as, e com gosto.

Vozes do CDS-PP: — Estava presente, sim!

A Oradora: — Estava? Então, peço desculpa. Pensei que não.
A Sr.ª Deputada falou em ilusionismo orçamental. Ora, a prova de que não é ilusionismo é que nós executamos mais, objectivamente.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Se executam tanto, por que é que ninguém vê?

A Oradora: — Não vê?! Olhe, estamos a construir o museu do Côa, o museu do Douro, pusemos a funcionar a Casa da Música;…

Risos do PSD e do CDS-PP.

Sim, sim! Exactamente! Criámos a Fundação da Casa da Música, extinguimos a ONP (Orquestra Nacional do Porto), fizemos uma dotação orçamental que permite à Casa da Música funcionar, quer a Sr.ª Deputada queira quer não.
Além disso, solucionámos questões que há anos — há anos, Sr.ª Deputada! — se arrastavam no Ministério, uma das quais referida pela própria Sr.ª Deputada, a do arquivo fonográfico.
Para além de referir isso, a Sr.ª Deputada também fez perguntas, coisa que, por exemplo, a bancada do PSD não conseguiu fazer.
Como dizia, na verdade, fizemos coisas. É isso que a incomoda, Sr.ª Deputada! O que incomoda a Sr.ª Deputada é que nós, com um orçamento mais baixo, tenhamos feito aquilo que o governo em que a Sr.ª Deputada participou não conseguiu fazer. Basicamente, é isso que a incomoda.

Aplausos do PS.

É que não se trata de ilusionismo, trata-se de capacidade de execução e capacidade de ir à procura de meios para essa execução. A prova de que o fazemos é que, por exemplo, na área do cinema e do audiovisual, este ano, conseguimos acrescentar 16 milhões de euros ao orçamento que a Sr.ª Deputada conhece.
Portanto, a isto se chama encontrar meios de financiamento que nos permitem executar.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — A lei era nossa!

A Oradora: — Mas a senhora não conseguiu pô-la a funcionar! A questão é que nós regulamentámos a lei, criámos o fundo, conseguimos os protocolos. Sabe porquê? Porque a sociedade civil tem confiança em nós. Essa é que é a questão, Sr.ª Deputada.

Aplausos do PS.

No que diz respeito às questões que levantou acerca da OPART e da Festa da Música, certamente não terei tempo para lhe responder cabalmente mas o Sr. Secretário de Estado, com certeza, ainda terá ocasião de falar disso.
Não obstante, gostava apenas de chamar a sua atenção para um aspecto que tem o seu quê de ridículo, Sr.ª Deputada.
É que vem falar em experimentalismo simplesmente porque estamos perante uma empresa que gere um teatro de ópera e uma companhia nacional de bailado, mas não isto tem nada de especial,…