O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

43 | I Série - Número: 062 | 22 de Março de 2007

Sr. Deputado, compreendi bem o que quis dizer com a leitura dessas localidades: V. Ex.ª quer saber onde é a próxima manifestação, e todos aqui compreendemos isso.

Risos do PS.

O Sr. Deputado quis dizer: «onde é a próxima manifestação? Onde é que vou estar presente?»

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Quer saber qual o próximo acordo!

O Orador: — Sr. Deputado, compreendi isso muito bem! Espera colher mais credibilidade e popularidade com isso? Não acredite nisso, Sr. Deputado.
Sabe, Sr. Deputado, V. Ex.ª devia saber que há uma tarefa a desenvolver para melhorar e racionalizar o nosso sistema de saúde em benefício do mesmo e da melhoria dos serviços.
Quanto ao que estamos a fazer nas urgências, se o Sr. Deputado dissesse a verdade toda também teria dito que estamos a abrir novas urgências,…

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Onde?

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não se vê nada!

O Orador: — Não vê quem não quer ver, e nunca verá! Só vê fechar.
Essas urgências terão o pessoal indicado, não serão falsas urgências para transmitir falsos sentimentos de segurança médica. Aliás, SAP e urgências nada têm que ver uma coisa com outra, e é por isso que não se pode confundir SAP com relatórios de urgências.

O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, peço-lhe que conclua.

O Orador: — E os serviços de atendimento permanente também devem ser modificados por forma a que possamos pôr os profissionais de saúde a fazer aquilo que devem e a não desperdiçar recursos. De cada vez que desperdiçamos recursos financeiros ou humanos não estamos a atender a uma necessidade, não estamos a valorizar e a melhorar o nosso sistema de saúde.
Não, Sr. Deputado, não nos intimidam manifestações, não nos desviaremos do nosso caminho de servir aquilo que consideramos ser o interesse nacional e em nome do Estado social. Queremos melhores serviços de saúde para que todas as pessoas possam ser melhor servidas.

O Sr. Presidente: — Tem mesmo de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Orador: — É em nome deste interesse que faremos isso.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Por que é que estas páginas desapareceram do relatório?

O Orador: — Pelos vistos, o Sr. Deputado quer saber onde é a próxima manifestação. Pois muito bem, Sr. Deputado, fique-se com a manifestação que nós faremos o que é necessário para melhorar o Serviço Nacional de Saúde.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para formular a sua pergunta, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, as políticas desenvolvidas dão resultado quando têm efeitos concretos na melhoria das condições de vida das populações. E não foi isso o que o Sr. Primeiro-Ministro aqui hoje veio anunciar porque, na verdade, as pessoas, neste país, não sentem melhorias nas suas condições de vida.
De facto, aquilo que os portugueses sentem e sabem é que o Governo continua a pedir cada vez mais demasiados sacrifícios, aos mais diferentes níveis: diminuição da comparticipação de medicamentos; encerramento de serviços de saúde; alteração do regime da segurança social para pôr as pessoas a pagar mais ou a trabalhar mais; intenção de despedimento efectivo dos funcionários públicos – que outra lógica tem a criação da bolsa de supranumerários ou de um novo sistema de avaliação e de contratação se não justamente pôr funcionários públicos noutra órbita que não na Administração Pública? –; redução de salários.
Esta, na verdade, tem sido a política desenvolvida por este Governo e que, de facto, se traduz em pedidos de inúmeros sacrifícios à generalidade dos portugueses. Mas alguns vão se salvando nesta lógica toda.