52 | I Série - Número: 063 | 23 de Março de 2007
Vozes do PS: — Muito bem!
O Orador: — E esses 5 milhões de consultas vão ser dadas na mesma nas consultas abertas. Os centros de saúde vão continuar a dar consultas às pessoas que não tenham consultas programadas. Foi o se fez sempre!
O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Muito bem!
O Orador: — É uma questão de terminologia! Em relação aos casos mais graves, o Sr. Deputado sabe perfeitamente que hoje já não vão para os SAP, vão directamente para as urgências, que vão ficar mais perto do que estão actualmente, porque a nova rede de urgências vai, efectivamente, aproximar as verdadeiras urgências das pessoas,…
O Sr. Jorge Strecht (PS): — Muito bem!
O Orador: — … que é isso que nos interessa, e não as falsas urgências, que são os SAP, que os senhores estão a defender hoje.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Orador: — O que acontece é que os SAP são transformados em consulta aberta e, quando muito, podem encerrar entre as 24 horas e as 8 horas, quando têm uma ou duas pessoas no máximo.
Mas isso vai ser substituído por viaturas melhor equipadas, que é muito mais importante.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Onde é que isso está escrito?!
O Orador: — O Sr. Deputado sabe que os protocolos que o Sr. Ministro assinou implicam tudo isso, tal como tudo o que está a ser feito nas ARS.
Sr. Deputado, uma coisa é partir-se deste estudo, que é um estudo reconhecido por toda a gente, e outra é aquilo que se vai resolvendo caso a caso.
O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Muito bem! É isso mesmo!
O Orador: — Aliás, os senhores estiveram de acordo com os protocolos, que são para resolver os problemas caso a caso, articulando as redes de emergência, viaturas, apoios e urgências de referência, porque, obviamente, é preciso encontrar referências para tudo aquilo que vai sendo, efectivamente, transformado.
Obviamente que é muito fácil para o Partido Comunista dizer que estão a surgir privados, etc. É uma coisa extraordinária! O Sr. Deputado sabe quem assegura, à noite, as urgências no distrito de Braga? São cinco misericórdias, que têm protocolos com o Estado. E, se se justificar fazer protocolos com os privados, o Governo também os faz.
O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Muito bem!
O Orador: — Nós não temos esses problemas ideológicos que os senhores têm!
Vozes do PS: — Muito bem!
O Orador: — Desde que se justifique, fazem-se protocolos…
O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Os utentes pagam mais!
O Orador: — Não, senhor! Hoje, nas urgências de Braga, os utentes não pagam mais!
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Deputado, peço-lhe que conclua.
O Orador: — Portanto, o vosso problema é que colocam sempre a questão em volta de duas coisas: primeiro, jogar com a agitação e, segundo, trazer os preconceitos ideológicos quanto aos privados, e é na base disto que tomam as vossas posições.