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39 | I Série - Número: 077 | 28 de Abril de 2007

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Se há conflito não se pode falar nele, não é?!

O Orador: — Sim, neste caso da Quimonda acho que o Sr. Deputado não sabe o suficiente para fazer um julgamento como o que fez. E não concordo com essa tentativa de diminuir uma instituição como aquela, de apoucar, repito, como o senhor fez, a administração e uma fábrica da maior importância para o País,…

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Podem despedir à vontade!

O Orador: — … que tem milhares de funcionários que ali estão a dar o seu melhor pela Quimonda mas também pela economia nacional e que não mereciam o tratamento que o Sr. Deputado lhes deu.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Não se pede responsabilidades à empresa?!

O Orador: — O Sr. Deputado assume as suas responsabilidades e eu as minhas! Estou a dizer qual é a minha opinião! E não é a primeira vez que o acuso de aproveitamento e oportunismo políticos para servir os seus interesses partidários! Aliás, acho que o Sr. Deputado faz isso com uma frequência que até escandaliza.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — O senhor não gosta de oposição!

O Sr. Fernando Rosas (BE): — Caladinhos e está tudo bem!

O Orador: — Em matérias de desemprego, de aproveitamento de qualquer frente de batalha contra o Governo, aí está o Sr. Deputado…

O Sr. Fernando Rosas (BE): — Caladinhos é que é! O senhor não gosta de oposição!

O Orador: — … a achar que as pessoas têm razão e que o Governo não tem nenhuma razão! Isso é outra coisa, Sr. Deputado. Uma coisa é servir os seus interesses políticos, outra coisa é servir interesses. Não faço essas insinuações. Portanto, desculpe, Sr. Deputado, que eu reaja com indignação ao que disse.
Sr. Deputado, o Governo assinou um contrato com a empresa Quimonda, sim, porque esse contrato, esse desenvolvimento e esse investimento são de enorme importância para o País. O Sr. Deputado, se tem algum problema com isso, faça o favor de o dizer. O Sr. Deputado conhece esse contrato? Acha que o investimento da Quimonda é importante ou não? O que é que o senhor tem a dizer…

O Sr. Fernando Rosas (BE): — E as 12 horas de trabalho?

O Orador: — Um momento! Sr. Deputado, desculpe, mas estou a falar do contrato a que o Sr. Deputado Francisco Louçã se referiu. Acha que esse contrato serve o interesse geral ou não? Acha que esse contrato é positivo ou não? Acha que o Governo não o deveria ter assinado? Não disse uma palavra sobre isso.
Devo dizer-lhe, Sr. Deputado, que esse contrato é de enorme importância para a economia nacional.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Agora já pode concretizar!

O Orador: — Por outro lado, Sr. Deputado, há um conflito laboral na Quimonda, tanto quanto sei, quanto a aspectos de flexibilidade, porque os turnos propostos pela administração são diferenciados: numa semana trabalha-se mais, noutra semana trabalha-se menos. Foi isto o que li nos jornais. Claro está que o Sr. Deputado só apresenta um aspecto da verdade: é para trabalhar 12 horas por dia!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — 12 horas e 15 minutos!

O Orador: — Não é bem assim, Sr. Deputado, há outro aspecto! Mas, Sr. Deputado, o que espero é que haja uma concertação dentro da Quimonda por forma a que esta empresa tenha eficiência, capacidade de responder às solicitações do mercado, tenha a flexibilidade negociada entre a administração e os seus trabalhadores. Sr. Deputado, não quero aproveitar um conflito laboral para o «atirar» para cima dos meus adversários políticos, que foi o que o Sr. Deputado fez. O Sr. Deputado pegou naquele problema e «atirou-o» para cima do Governo.