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43 | I Série - Número: 087 | 25 de Maio de 2007

O Orador: — Gostaria de dizer também que a herança do Sr. Dr. António Costa, antigo ministro da administração interna, é realmente muito pesada. Mas por razões diferentes daquelas que sugeriram: é muito pesada, porque é boa e é difícil de igualar, mas vou tentar fazê-lo e até tentar melhorá-la!

Aplausos do PS.

A herança é pesada, porque, enquanto o Sr. Dr. António Costa foi ministro, aumentaram as quantidades de droga apreendida; diminuíram significativamente os acidentes rodoviários e as mortes na estrada; aquilo a que se chamou, impropriamente, «época de fogos» foi, felizmente, muito menos devastadora no último ano; e a criminalidade nem sequer aumentou.
Os números não mentem. O que aumentou foi a eficácia da acção policial!

Aplausos do PS.

Memo em relação ao crime de maus-tratos que não é cometido entre cônjuges, até há pouco tempo, esse crime era semipúblico. Foi o facto de passar a crime público que elevou estes números.

Vozes do PS: — É verdade!

O Orador: — Foi a melhor actividade de polícia que aumentou esses números.
Uma outra palavra sobre as reformas. Não cheguei aqui ignorando que reformas o Governo está a fazer. Não sou propriamente um leigo em matérias de segurança interna, permitam-me a imodéstia.
Antes das eleições, trabalhei no Programa do Governo em matéria de segurança, apesar de não ter militância partidária. Fui um dos redactores desse programa, identifico-me com o espírito reformista deste Governo e tenciono continuar a obra que está a desenvolver, que é uma boa obra. Porque o sistema de segurança interna tem de ser reformado, o sistema de segurança interna ainda está situado no tempo da Guerra Fria e do terrorismo doméstico.
O sistema de investigação criminal tem de ser reformado! Os Srs. Deputados sabem, certamente, que o sistema de investigação criminal tem um órgão coordenador onde apenas têm assento a Polícia de Segurança Pública, a GNR e a Polícia Judiciária e nem sequer têm assento os restantes órgãos de polícia criminal. É impossível coordenar polícias na sua ausência! A investigação criminal tem de ser alterada! O secretário-geral do sistema é absolutamente necessário para responder a crises. Quando há, por exemplo, um atentado terrorista — oxalá não haja!… —, é preciso coordenar, no terreno, a actividade de várias forças de segurança, de serviços de protecção e socorro e de serviços de informações e sem este cargo de secretário-geral esse trabalho é completamente impossível.
A aposta deste Governo na segurança tem sido fraca?! Não diria. A aposta em termos financeiros aumentou 25% em relação ao último governo; a aposta em homens no terreno, em operacionais, aumentou graças à deslocação de muitos polícias que estavam em serviços administrativos; a aposta no policiamento de proximidade e na segurança integrada, na segurança dos cidadãos, tem aumentado.
Uma última palavra, Sr. Presidente e Srs. Deputados, sobre o trabalho das polícias. Foi aqui chamada à colação a visão da Amnistia Internacional. Pois bem, já recebi a Amnistia Internacional sendo Ministro e esta, cujo relatório li, disse-me, com toda a clareza, que considera que a acção de polícia, nos últimos anos, tem melhorado e se tem pautado cada vez mais pelo respeito dos direitos humanos.
Os polícias portugueses são, sobretudo, defensores dos direitos fundamentais da liberdade e da segurança.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Orador: — Qualquer caso que não prove o que eu disse é uma excepção e nunca a regra. Portanto, os nossos polícias merecem uma palavra muito especial de saudação.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, terminada a apreciação do Relatório Anual de Segurança Interna de 2006, relembro que estão em curso votações para a eleição de dois representantes efectivos e dois suplentes dos Grupos Parlamentares do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda no Conselho de Administração da Assembleia da República e de um membro efectivo e um suplente para o Conselho Superior do Ministério Público.
Srs. Deputados, chegados à hora das votações regimentais, importa, antes, proceder à verificação do quórum por meio electrónico.
Como é habitual, os Srs. Deputados que, por qualquer motivo, não puderem registar a sua presença, electronicamente, farão o favor de o assinalar à Mesa e, posteriormente, procederão ao registo junto dos serviços de apoio ao Plenário.