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19 | I Série - Número: 107 | 19 de Julho de 2007

gestão rigorosa…

Vozes do PS: — Muito bem!

O Orador: — … e, acima de tudo, para que vejam os problemas resolvidos e para que terminem os impasses e bloqueamentos que levaram a cidade ao estado em que se encontra.
A capital do País não podia mais ficar para trás. Lisboa é importantíssima no esforço que todos temos de realizar para o crescimento económico do País.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Orador: — As campanhas eleitorais desenrolaram-se normalmente, mas enganaram-se aqueles que pretenderam fazer destas eleições um plebiscito contra o Governo. Todos na oposição — uns mais, outros menos — tentaram, por variados meios, aproveitar as eleições para condenar o Governo e daí poderem tirar proveito eleitoral.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Grande lata!

O Orador: — A população não foi nisso.
O CDS desceu de 5,92%, em 2005, para 3,70%, em 2007. Ficou sem representação na Câmara, um resultado que se pode dizer histórico.
O PCP/PEV, o sector político que mais protagonizou a campanha centrada na condenação do Governo, desceu de 11,42% para 9,53%. A custo elegeu o seu segundo vereador — valeu-lhe a abstenção.

Risos do PCP.

O PSD foi de longe o mais penalizado: de 42,43%, em 2005, passou para 15,74%, em 2007 – uma pesada derrota.
Os lisboetas não perdoaram aos responsáveis de crise camarária. Os lisboetas, aliás, reconheceram aqueles que originaram a convocação de eleições intercalares para a saída da crise e penalizaram o principal responsável por aquilo que aconteceu na Câmara Municipal de Lisboa, o PSD.
O líder do PSD, Dr. Luís Marques Mendes, tem ilações a tirar. A sua presidente da distrital já o fez, promovendo eleições e não se recandidatando.

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Está distraído!

O Orador: — É que a crise da câmara está relacionada com o que tem levado o partido para situações como esta: o maior partido da oposição afirma-se, hoje, factor de instabilidade,…

Vozes do PS: — Muito bem!

O Orador: — … não apresenta alternativas, não lança ideias ou propostas, navega tão-só e muitas vezes na pequena política. Certamente, não é este o destino do primeiro partido da oposição, geralmente considerado como alternativa de governo.
O final do governo do PSD em 2005 e o final da câmara do PSD em 2007 cruzam-se no horizonte como denominadores comuns de uma área política com responsabilidades, mas que parece não querer encarar os problemas nem, muito menos, propor alternativas. O PSD parece apostado em ser — e é hoje — tão-só um partido de instabilidade.
Mas, Srs. Deputados e Sr.as Deputadas, enganaram-se ainda nesta campanha aqueles que procuraram «lançar lama» sobre os outros para atingir fins políticos. Também não resultou e a população de Lisboa disse não a tudo isso.
Os lisboetas deram a sua confiança a quem fez uma campanha séria, apresentou programas e anunciou medidas e deram igualmente apoio àqueles que, por si próprios, são geradores de confiança pelo que fizeram no passado, pelo modo como preencheram as funções em que foram investidos, ou que pelas suas carreiras profissionais se souberam destacar e afirmar.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, há ainda outras reflexões a retirar deste acto eleitoral. Uma delas tem que ver com a abstenção.
Relembro que em 2005 a abstenção foi de 47,35%. Tiveram, então, lugar eleições para as autarquias locais no todo nacional.
Em 2007, nestas eleições intercalares e só para a Câmara Municipal de Lisboa, a abstenção subiu para 62,61%: foi de 47% em 2005 e de 62% em 2007.
Penso que o nosso sistema político deve reflectir sobre a participação cívica em actos eleitorais.