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24 | I Série - Número: 009 | 12 de Outubro de 2007

que alguém se intrometa na descarada propaganda que o Governo todos os dias faz. Para este Governo, o que verdadeiramente é um crime é que alguém dê a conhecer um País que sofre, quando o Governo só quer mostrar a sua publicidade. Para este Governo, o que verdadeiramente é um crime é alguém manifestar-se e estragar os minutos de festa que o Governo prepara para a abertura do telejornal da noite.

Aplausos do CDS-PP.

Terceiro capítulo do «manifesto do surrealismo», de acordo com o Partido Socialista.
A Sr.ª Ministra da Educação, aqui, nesta Câmara, perante os Deputados do País, garantiu que não tencionava «colocar um único docente no quadro dos supranumerários».
Ontem, fomos confrontados com o anúncio de que, afinal, vão existir 2500 professores na lista dos supranumerários, curiosamente os professores mais fragilizados e que forem declarados incapazes para a função lectiva mas que podiam desempenhar outras funções no quadro do Ministério da Educação.
Para nós, o que verdadeiramente é grave é que estamos perante uma Ministra para quem algumas palavras parecem não ter significado. As palavras que erradamente foram inscritas nos enunciados dos exames e que levaram a lapsos notórios não têm importância;…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exactamente!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — … as palavras dos tribunais, que condenam o Ministério da Educação no caso da repetição dos exames, não têm importância; mais grave, a palavra da própria Ministra, dita perante o Parlamento, parece que não tem importância. Para nós tem!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Pode concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Vou concluir, Sr. Presidente.
Só há uma forma de descrever o actual estado de governação do Partido Socialista. Sabemos que, pelos vistos, o Sr. Primeiro-Ministro está mais enamorado do mundo do que preocupado com o que se passa em Portugal. Mas, como diz o povo, Srs. Deputados do Partido Socialista, «isto assim não vai lá!».

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Duarte.

O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Mota Soares, cumprimento-o pela intervenção que aqui nos trouxe hoje e gostaria de me associar às suas palavras no que diz respeito à preocupação com que estamos a viver hoje em Portugal.
Temos um país que está cada vez mais pobre, quando nos comparamos com a nossa realidade envolvente, nomeadamente com a União Europeia, e temos simultaneamente um Governo que, perante este estado do país, tem como único objectivo e como única atitude uma permanente vontade de iludir os portugueses com um país que, de facto, não é o real.
Se olharmos para factos muito concretos e reais, como o nosso crescimento económico, percebemos que somos o pior país da União Europeia, dado que crescemos metade da média europeia, um terço de Espanha, por exemplo.
Se olharmos para o desemprego, percebemos que, pela primeira vez desde 1978, temos uma taxa de desemprego que ultrapassou a espanhola e que está numa trajectória absolutamente em contraciclo com o que se passa em toda a Europa, onde o desemprego está a ser efectivamente combatido, ao contrário do que se passa em Portugal com este Governo socialista.
Se olharmos, por exemplo, para os indicadores educativos que o Sr. Deputado aqui referiu, somos o pior país europeu também ao nível do abandono escolar e vemos uma Ministra que acumula erros e disparates sem encontrar um rumo para o ensino no nosso país.
Se olharmos para a saúde, percebemos que ela está cada vez mais cara e cada vez mais longe de cada um dos portugueses, nomeadamente com o encerramento de uma série de serviços.
Portanto, a minha pergunta é muito clara, Sr. Deputado Pedro Mota Soares: como é que podemos interpretar esta atitude governamental de enorme dificuldade por parte do Governo e da maioria socialista em assumirem as suas responsabilidades políticas? O único objectivo parece ser o de iludir permanentemente os portugueses. O caso que o Sr. Deputado aqui trouxe da Sr.ª Ministra da Educação, infelizmente, é só mais um, num conjunto de situações a que temos vindo a assistir.
Tudo vale, em nome da propaganda governamental: seja a utilização de jovens figurantes a simularem o