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23 | I Série - Número: 009 | 12 de Outubro de 2007


matéria, tem agora alguma resposta para estes valores?

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Quando um jornalista tem a «veleidade» de lhe perguntar sobre a mais alta taxa de desemprego desde que Portugal aderiu à União Europeia, o Primeiro-Ministro fica muito incomodado e remete todas as respostas para o Ministro do Trabalho.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exactamente!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Só que este Ministro deve ser daqueles que Carlos César considera «sem peso político», deve ser um daqueles que engloba o sistema dos «directores-gerais».
Senão, vejamos. Perante uma taxa que aumentou quase um ponto percentual no período homólogo e que subiu 0,1% num só mês (um mês particularmente grave, se considerarmos que estamos a falar do mês de Agosto, em que há um fenómeno de sazonalidade) qual é a resposta do Ministro? O Ministro está muito contente, porque o que está a acontecer é uma «estabilização».
Este tipo de resposta pode ser aceitável para quem acha, por exemplo, que «o poder de compra não tem a ver com a economia», como o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares,…

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — … ou mesmo para quem acha que Portugal «está no caminho da retoma económica», como o «Sr. Director-Geral da Economia», perdão, Ministro da Economia, mas certamente que não é uma resposta aceitável para os portugueses que todos os dias vêem o seu poder de compra a diminuir, os seus impostos a aumentar, as dificuldades a acumularem-se e os empregos a desaparecer.

Aplausos do CDS-PP.

Segundo capítulo desta novela surrealista.
Na passada segunda-feira, o Ministro da Administração Interna verberava na televisão que o crime em Portugal estava a descer e que estava muito contente com os dados e com os números do último semestre, em matéria de criminalidade.
Enquanto o Ministro nos dava o retrato do «oásis», em dois pontos distintos do País, duas caixas de multibanco eram assaltadas à mesma hora, sendo que, num caso, todo o País pôde ver na televisão a facilidade com que estes crimes são praticados e a forma como uma caixa de multibanco foi ela própria arrastada e levada.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — A verdade é que todos temos sido confrontados com crimes que não estávamos habituados a ver: assaltos sistemáticos a bancos, arrastões em comboios, carjacking, lutas de gangs por territórios na cidade do Porto, crimes, todos eles, que têm um enorme alarme social.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — E o que é que o Governo faz perante isto? O Ministro, no meio dos seus auto-elogios, nem sequer consegue reconhecer o que é para todos uma evidência: que há uma escassez de recursos humanos nas nossas forças de segurança, acima de tudo há escassez de oficiais, para fazerem o patrulhamento das ruas e uma polícia de proximidade.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — O maior paradoxo de tudo isto é que, neste mesmo momento, quando estamos à espera de ver mais efectivos, mais polícias nas ruas do País, onde é que eles aparecem? Na sede de um sindicato, a pedir informações sobre uma manifestação que esse sindicato queria fazer, perante a presença do Sr. Primeiro-Ministro.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sabemos que está a correr um inquérito sobre esta actuação, inquérito esse, aliás, que num país civilizado já teria dado conclusões, com a assunção de responsabilidades.
Mas há uma conclusão que desde já podemos retirar: para este Governo, o que é verdadeiramente um crime é