18 | I Série - Número: 013 | 7 de Novembro de 2007
E é uma ironia do destino que se escolha para governar aquele que foi um ministro destacado de um governo que fugiu.
Aplausos do PSD.
Protestos do PS.
Sr. Presidente, peço a devida consideração para com as interrupções.
Quanto às perguntas sobre do Orçamento, Sr. Primeiro-Ministro, não é Orçamento o que o IVA causa em termos de competitividade às empresas portuguesas, nomeadamente nas zonas raianas? Não é Orçamento o que se passa no sistema de segurança social, na Caixa Geral de Aposentações? Não é Orçamento a desorçamentação no sector das estradas? O Sr. Primeiro-Ministro fala do crescimento económico e refere o crescimento no primeiro trimestre de 2005. Não se lembra, no entanto, da data da sua tomada de posse. Foi a 12 de Março de 2005! Não existiu primeiro trimestre da minha governação em 2005, visto que o governo entrou em gestão a partir de Dezembro de 2004.
Protestos do PS.
Parece que adivinham alguma coisa de incómodo, porque estão muito agitados.
Sr. Primeiro-Ministro, o crescimento em 2004 foi de 1,5% e pode verificar que a curva do crescimento na zona euro é idêntica. É por isso que lhe digo… Tenho de fazer um parêntesis para pedir ao seu Ministro-Adjunto, que normalmente costuma segredar-lhe o que o Sr. Primeiro-Ministro há-de dizer a seguir, se agora pode fazer um intervalo.
Risos do PSD.
Protestos do PS.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, o seu tempo esgotou-se. Peço-lhe que conclua.
O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, em relação ao argumento que costuma utilizar, e que ouvi ao Sr. Ministro das Finanças, ontem à noite, de que o crescimento durante este ano é superior ao que se verificou nos três anos de vigência dos governos anteriores, queria dizer-lhe que, como sabe, nos três anos anteriores, houve um crescimento negativo de 0,7%, em 2003, logo a seguir à «fuga do pântano», enquanto, em 2004, o crescimento foi de 1,5%. Ora, durante a vossa governação, os senhores ainda nunca atingiram esse crescimento.
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Quero dizer-lhe que nos orgulhamos da nossa governação em relação a todas as pastas, as do nosso partido e as do partido com que estávamos coligados. O Sr. PrimeiroMinistro e o Sr. Ministro das Finanças podem ter a certeza de que temos essa convicção.
Já agora, quem vai ganhar as eleições não sou eu, é o Dr. Luís Filipe Menezes,…
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, conclua por favor.
O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — … líder do PPD/PSD, eleito por voto directo. É ele que, em 2009, vai ganhar-lhe, nas eleições. Prepare-se para isso, Sr. Primeiro-Ministro!
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Há uma avaria no mecanismo electrónico de contagem dos tempos. O Sr. Deputado ultrapassou em 1,4 minutos o tempo regimental, conforme foi contabilizado pela Mesa.
Agradecia, pois, que os serviços pusessem o sistema electrónico em funcionamento antes de prosseguirmos o debate.
Pausa.
Já estamos em condições de prosseguir os trabalhos.
Tem, então, a palavra o Sr. Primeiro-Ministro, para dar explicações. Dispõe de 2 minutos.