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19 | I Série - Número: 013 | 7 de Novembro de 2007

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Santana Lopes, não o ofendi nem ofendi a sua bancada; limitei-me a fazer observações políticas, incómodas, é certo, mas políticas!! Compreendo-o muito bem, Sr. Deputado! Quis «pedir um prolongamento»…, mas escusa de se queixar do árbitro,…

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Não é árbitro!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … basta «pedir o prolongamento» que tenho o maior gosto de «ir a prolongamento» consigo, quando o Sr. Deputado quiser.

Aplausos do PS.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Espere! Ainda há mais!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sei que o Sr. Deputado tem dedicado muita energia, nos últimos anos e agora, a tentar reescrever a História.
Sr. Deputado, eu já sabia que, consigo, o presente é incerto e instável e, quanto ao futuro, então, nem se fala…! Não sabia era desse seu desejo de também transformar o passado num passado instável…

O Sr. Patinha Antão (PSD): — Mas que jactância…!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Ora, Sr. Deputado, as tentativas daqueles que tentaram reescrever a História foram sempre mal conseguidas.
Sr. Deputado, aceite, por favor, o que vou dizer-lhe: a história sobre o seu governo está feita, e está bem feita!

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Não está! E sobre o seu está a fazer-se!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Sr. Deputado insiste em insinuar perante todos que a culpa de ter deixado de governar foi ou dos inimigos que tem no seu partido, ou da oposição, ou do Presidente da República da altura.
Sr. Deputado, apenas quero lembrar-lhe um simples facto: o Sr. Deputado não está a governar porque foi o povo que decidiu que o senhor não governaria mais! Lembre-se disso!!

Aplausos do PS.

Também não posso deixar de notar que, afinal de contas, o líder do seu partido, ontem, colocou umas questões, uma espécie de orientações para o grupo parlamentar dadas publicamente, mas que hoje, aqui, o Sr. Deputado colocou outras.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Espere!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Terei o maior gosto em responder-lhe a si, Sr. Deputado. Espero que o Dr.
Filipe Menezes não fique ofendido por eu não responder…

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, digo-lhe apenas que a reforma que fizemos para igualizar os regimes, privados e públicos, da segurança social foi uma das mais aguardadas, mais desejadas e mais proclamadas reformas da democracia portuguesa! O que fizemos foi uma questão de justiça, mas fizemo-lo com um período de transição — e devia saber isto, Sr. Deputado! Aqueles que tinham 55 anos de idade estão a beneficiar de um período de transição.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — É injusto!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Quanto àqueles outros que, como eu próprio, têm menos idade, acho muito justo que só se reformem exactamente com a mesma idade que um funcionário do sector privado, isto é, aos 65 anos.

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — A reforma que fizemos foi em benefício da segurança social pública, em favor