48 | I Série - Número: 013 | 7 de Novembro de 2007
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Peço a palavra para interpelar o Sr. Primeiro-Ministro sobre a forma…
O Sr. Presidente: — Não pode ser, Sr.ª Deputada, porque isso é debate político.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Não, Sr. Presidente, é uma interpelação.
O Sr. Presidente: — À Mesa?
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — À Mesa. Exactamente.
O Sr. Presidente: — Sobre a condução dos trabalhos?
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Sobre a condução dos trabalhos.
O Sr. Presidente: — Faça favor.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Sr. Primeiro-Ministro,…
Risos.
O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, a Assembleia tem muita estima por si, mas temos de respeitar o Regimento.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Sr. Presidente, gostaria que V. Ex.ª esclarecesse o Sr. PrimeiroMinistro sobre o seguinte: seria impossível que o governo que o CDS integrou tivesse incluído no Plano Nacional de Vacinação a vacina que combate o cancro do colo do útero porque essa vacina ainda não existia ou, pelo menos, ainda não era comercializada.
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Ah!…
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Ela começou a ser comercializada em Portugal no dia 1 de Janeiro de 2007. E quem era Primeiro-Ministro em 1 de Janeiro de 2007? Pergunto eu a V. Ex.ª. Penso que seria o Sr.
Primeiro-Ministro, Eng.º José Sócrates.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Em segundo lugar, não percebo porque é que o Sr. Primeiro-Ministro fala num tom tão irónico quando diz «já que a Sr.ª Deputada é tão sensível às questões de saúde». Sr.
Primeiro-Ministro, ao menos que alguém seja sensível às questões de saúde, visto que o Sr. Primeiro-Ministro, manifestamente, não o é.
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Em terceiro lugar, peço ao Sr. Presidente que alerte o Sr. PrimeiroMinistro para que ele não tente imputar às bancadas as perguntas que quer que lhe sejam feitas. A pergunta que eu fiz não era sobre listas de espera de cirurgia mas, sim, sobre primeiras consultas, que é o caso de um doente que se dirige a um centro de saúde e lhe é detectado um problema cardiovascular ter de esperar dois ou três anos por uma primeira consulta de especialidade. Era a esses números que eu me referia.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares (Augusto Santos Silva): — Peço também a palavra, Sr.
Presidente.
O Sr. Presidente: — Para responder, suponho que com interpelação de idêntico teor e com idêntica tolerância, tem a palavra o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares.
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Sr. Presidente, é também para, através de V. Ex.ª, pedir que seja comunicado à bancada do CDS-PP que dentes e dentes a precisar de cuidados existem desde sempre. Portanto, pelo menos o programa de saúde oral o governo PSD/CDS podia ter posto em prática.