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23 | I Série - Número: 015 | 9 de Novembro de 2007


Vozes do PSD: — Ah!…

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Não chegam a bom porto!

O Sr. Ministro da Presidência: — Um Parlamento não é uma Academia de História…

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — E eu a pensar que iam outra vez clamar vitória!

O Sr. Ministro da Presidência: — … e o Governo, desde o início, concentrou todas as suas energias na resolução dos problemas do presente, para que o País possa ganhar o futuro.

Vozes do PSD: — E o Manuel Alegre?

O Sr. Ministro da Presidência: — Mas em todos os debates orçamentais da democracia portuguesa foi sempre necessário olhar também para trás,…

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Já estamos há 10 minutos a olhar para trás!

O Sr. Ministro da Presidência: — … não para ficar a discutir o passado mas porque só é possível avaliar o progresso alcançado por um governo, seja ele qual for, se tivermos noção do ponto de partida. É preciso saber de onde se partiu e onde se chegou, para que possamos avaliar se andámos muito ou se andámos pouco. Isto parece ser muito simples, e de facto é.

Aplausos do PS.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — O ponto de partida é «o pântano»!

O Sr. Ministro da Presidência: — Portanto, a ideia de que podemos debater aqui o desempenho do Governo — agora em sede orçamental ou, depois, quinzenalmente, nas mais diversas áreas — sem nunca recordar os pontos de partida é uma ideia completamente absurda, que não passa de mais um «castelo de areia» mas que, pelos vistos, anima a extraordinária estratégia da bancada do PSD.

Protestos do PSD.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Doeu mesmo!

O Sr. Ministro da Presidência: — Mas se referir os pontos de partida é motivo de embaraço, então, receio bem que as desilusões do PSD apenas tenham começado.

Risos e protestos do PSD.

Mas, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, se a direita tem um problema com o passado, a esquerda conservadora tem um problema com o futuro. E é isso que nos distingue.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Ministro da Presidência: — Quem quer verdadeiramente defender o Estado social,…

O Sr. Patinha Antão (PSD): — Sim! Quem?!

O Sr. Ministro da Presidência: — … quem quer melhores serviços públicos, quem quer a sustentabilidade das políticas sociais sabe que são necessárias reformas e que não pode ficar tudo na mesma.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — São vocês que os querem liquidar!

O Sr. Ministro da Presidência: — Mas quem, à nossa esquerda, quer conservar tudo como está, para agitar convenientemente todos os interesses locais ou corporativos, sabe que luta por conservar também a ineficiência do Estado, a desqualificação dos serviços públicos, a falta de equidade na protecção social e, sobretudo, a insustentabilidade que levaria à ruína de todo o modelo social que diz defender. E agora sou eu que peço licença para dizer: isso não é de esquerda!

Aplausos do PS.