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11 | I Série - Número: 024 | 12 de Dezembro de 2007

O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Muito bem!

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — » de estar a criar um logro, de as estar a fazer cair numa ratoeira.
Para já, esta era a pergunta que queria formular.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, dispondo de igual tempo, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Santana Lopes, registo as suas palavras sobre a Presidência portuguesa. Essas palavras são bem-vindas e são importantes, porque, naturalmente, o que o País espera do Governo é que lhe atribua uma elevada prioridade quando está a presidir à União Europeia.
Somos um país europeu, queremos estar no coração do desenvolvimento do projecto europeu e o mote que definimos para a nossa Presidência — uma Europa mais forte para um mundo melhor — está a ser cumprido.
Chegaremos ao fim da Presidência com uma Europa mais forte nas suas instituições, com a crise institucional resolvida em face do novo Tratado — que se chamará Tratado de Lisboa, porque foi aqui que se fez o acordo para que esse tratado fosse possível — , mas também com uma União Europeia com uma melhor política externa, em grande parte pelo contributo que foi dado pela sensibilidade portuguesa. Chegaremos ao fim da Presidência com uma parceria estratégica entre a União Europeia e o Brasil e ainda com uma estratégia conjunta entre a Europa e África, em resultado do esforço e empenhamento da Presidência portuguesa.
Sr. Deputado Santana Lopes, muito tenho ouvido sobre a Presidência portuguesa, mas tenho ouvido, sobretudo, e muitas vozes são do seu partido, a ideia de que, porventura, o Governo não devia atribuir tanta prioridade à Presidência, esquecendo-se da política doméstica ou interna.
Tenho feito o maior dos esforços para compaginar estas duas agendas, mas não estou de acordo com aqueles que querem apoucar esses êxitos e que querem diminuir essas realizações, atribuindo, porventura, a outros a ideia de que estamos excessivamente preocupados com a Europa e pouco com Portugal. É um erro!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. José Junqueiro (PS): — Bem lembrado!

O Sr. Primeiro-Ministro: — É que o empenhamento na Europa e os êxitos que atingimos na Presidência portuguesa servem para valorizar Portugal e para valorizar o nosso prestígio internacional.

Aplausos do PS.

Vamos, então, à educação, Sr. Deputado.
Diz o Sr. Deputado: «o Sr. Primeiro-Ministro apresenta uma reforma — mais uma!». É mesmo isso, Sr. Deputado, mais uma! Depois, diz o Sr. Deputado: «estava a ouvir V. Ex.ª e a lembrar-me de que isto é exactamente aquilo com que nós concordamos».

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Não, não! O senhor é que concorda! Nós apresentámos e os senhores chumbaram!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Estava a ouvi-lo, Sr. Deputado, e ocorreu-me perguntar: mas se é exactamente aquilo com que os senhores concordam, por que razão é que não o aplicaram quando estavam no governo?

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.