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24 | I Série - Número: 024 | 12 de Dezembro de 2007

O Sr. Primeiro-Ministro: — Esta reforma — e esta mudança — faz-se ao serviço da escola pública e de um sistema público de educação que sirva melhor os portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. António Filipe (PCP): — Não respondeu a nada!

O Sr. Presidente: — Para replicar, tem a palavra o Sr. Deputado Jerónimo de Sousa.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, registe-se que nem uma palavra teve em relação à questão colocada! Pode não estar de acordo, pode estar em desacordo mas, pelo menos, emitia uma opinião!

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Uma segunda questão do seu discurso repetitivo: nós não queremos sempre a mesma coisa, o que nós não queremos ç que isto fique pior do que o que está,»

Vozes do PCP: — Exactamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — » com a política que, actualmente, o Governo tem realizado.
Já agora, por ter relação, há uma questão que, se me permite, tem uma grande actualidade e que é esta: tendo em conta o crescimento do desemprego no País — problema que assume contornos cada vez mais preocupantes, como se revela nas recentes estatísticas, com Portugal a atingir as maiores subidas de taxa de desemprego da União Europeia — , uma preocupação de fundo em relação à evolução das taxas de juro.
Em relação ao desemprego, Sr. Primeiro-Ministro, é uma boa ocasião para dar um certo combate a uma distorção profissional que tem em relação à questão das estatísticas (onde não é possível aplicar engenharias estatísticas!) na qual procura referir o desemprego de Setembro esquecendo que na comparação homóloga com o período homólogo de Outubro se demonstra que em Portugal o desemprego cresce, que aumentou o desemprego de uma forma significativa.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Mas, voltando ao tema, creio que é importante lembrar que o Sr.
Ministro de Estado e das Finanças veio admitir que o crescimento é mais importante do que a inflação. Grande novidade, grande novidade!! E o Sr. Primeiro-Ministro dizia-nos: «Lá estão vocês a dizer sempre a mesma coisa! Nós nada temos a ver com o Banco Central Europeu, com a aplicação das taxas de juro!». Mas, afinal, parece que, agora, a questão está colocada» Já não era sem tempo! Mas o que é que esta afirmação significa? Que o Governo se vai empenhar no sentido não só de travar qualquer novo aumento das taxas de juro ou agir juntamente com outros responsáveis europeus para fazer descer, como se impõe e como é necessário, as taxas de juro? Perante as graves consequências sociais resultantes do aumento do desemprego e dos custos do dinheiro; perante os perigos reais para a nossa economia, decorrentes da política cambial da sistemática revalorização do euro face ao dólar e dos impactos, já visíveis, da crise do crédito hipotecário, não era apenas dizer ao BCE que a inflação vai ter de esperar.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Espero que haja uma tradução correcta em relação à afirmação do Sr. Ministro das Finanças.
Mas, em relação a esta política obsessiva de combate ao défice, não acha, Sr. Primeiro-Ministro, que era um tempo õtil»

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado.