33 | I Série - Número: 025 | 13 de Dezembro de 2007
falar desses resultados concretos só no interior — e os Srs. Deputados podem consultar este indicador quando quiserem: vão ao gabinete de acesso, porque estes dados são públicos.
Vejamos, então, as taxas de ocupação das vagas de 2006, comparadas com as de 2007.
Universidade da Beira Interior: 78% das vagas ocupadas em 2006 e 94% em 2007; Universidade de Évora: 76% das vagas ocupadas em 2006 e 95% em 2007; Universidade de Trás-os-Montes: 80% de vagas ocupadas em 2006 e 97% em 2007; Instituto Politécnico de Beja: 70% das vagas ocupadas em 2006 e 90% em 2007 — e não há um único instituto politécnico localizado no interior que não tenha visto a sua taxa de ocupação de vagas crescer, e isto numa altura em que não houve diminuição do número de vagas disponíveis.
É disto que quero falar, é de recursos humanos mais qualificados, porque é deles, e não do nosso assistencialismo eleitoralista, que o interior precisa!
Aplausos do PS.
Houve Srs. Deputados que não esperaram pela minha intervenção para colocar perguntas, mas eu respondo com todo o gosto a essas perguntas.
Perguntava-me o Sr. Deputado Abel Baptista: «Quais são os projectos PIN que estão no interior?». Vou esquecer o turismo, para que não haja críticas de que só focamos o turismo, e enumerar os projectos em acompanhamento: a central fotovoltaica de Moura (área da energia); a Levicor (ramo automóvel) em Castelo Branco; a Ortosolar (área da energia) em Castelo Branco; a Unisolar (metalurgia) em Castelo Branco; a Celtejo (celulose e papel) em Castelo Branco… Querem que prossiga? Se o Sr. Deputado Abel Baptista estivesse presente, eu prosseguiria…! Em todo o caso, estou certo de que o informarão de que há hoje investimentos, que é do que precisamos, Srs. Deputados!
Aplausos do PS.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Não precisamos de sugerir ao interior que eles são uns «coitadinhos» e nós os seus «paizinhos». Não!! Precisamos de tornar claro que um dos eixos fundamentais de uma política pública democrática é o combate a qualquer discriminação fundada no território. E como se combate? Com novas oportunidades, novas centralidades, novos investimentos e apostando nas pessoas.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente. — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Helder Amaral.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Com base em critérios das Nações Unidas, a hiperconcentração dos recursos e do poder económico nas regiões urbanas que se vive em Portugal só tem comparação com o que se passa no Congo e na Mongólia. E fiquei agora a saber que, na opinião do Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, ainda bem que assim é! É porque, segundo o seu discurso, atingiremos no interior um índice de desenvolvimento humano não comparável com ninguém: quando só existir um médico e um doente, teremos um doente para cada médico! E quando só existir o próprio médico, se lá continuar velhinho no interior, então é o «faça a si mesmo», é o autoconsumo!
Aplausos do CDS-PP.
Risos do PSD.
O Governo, apesar do seu pendor aparentemente reformista, está cego e é autista relativamente ao que está a suceder no interior do País, designadamente no que se refere às consequências para o interior das políticas sectoriais.
O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — É mentira!