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31 | I Série - Número: 026 | 14 de Dezembro de 2007


Aplausos do PS.

Srs. Deputados, oportunamente, o Partido Socialista assumirá as suas responsabilidades, mas para nós a democracia representativa tem diversas dimensões para se exprimir e o referendo é um desses instrumentos, mas não o único, como sabem ou como deviam saber.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Sabemos! Sabemos!

O Sr. António Chora (BE): — Ah! Exactamente! Está tudo dito!

O Sr. Alberto Martins (PS): — Por isso, Srs. Deputados, estamos identificados com a ideia da Europa que estamos a construir, que é uma Europa moderna, uma Europa da paz, uma Europa do desenvolvimento,…

O Sr. António Chora (BE): — Do desemprego!

O Sr. Alberto Martins (PS): — … que deve aprender as lições da sua articulação com os cidadãos, e a lição da França e da Holanda é significativa. A Europa que queremos construir é uma Europa que tenha um novo sentido de futuro para os portugueses, para a própria Europa e para a humanidade.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Deputados, terminámos o período de declarações políticas.
Vamos agora passar ao segundo ponto da ordem do dia, que é a apreciação do Programa de Estabilidade e Crescimento 2007-2011.
Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Ministro de Estado e das Finanças.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças (Teixeira dos Santos): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Governo português entrega amanhã à Comissão Europeia a actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento para o período 2007-2011.
Este documento, aqui em debate, reafirma a estratégia de consolidação orçamental que tem vindo a ser prosseguida por este Governo desde 2005, assente essencialmente em medidas estruturais de contenção da despesa e redução do seu peso no PIB e na melhoria da eficiência dos sistemas fiscal e contributivo, nomeadamente através do combate à fraude e evasão fiscal e contributiva, como base do aumento sustentado da receita.
Esta estratégia orçamental tem permitido não só cumprir como mesmo ultrapassar os objectivos definidos aquando da actualização de Dezembro de 2005 do PEC, visando-se, assim, a correcção do desequilíbrio orçamental.
Com efeito, entre 2005 e 2007, o défice estrutural reduziu-se em 3 pontos percentuais do PIB (2,3 pontos percentuais em 2006 e 0,7 pontos percentuais em 2007). Em termos nominais, o esforço de consolidação até agora desenvolvido deverá permitir que Portugal não exceda o limite dos 3% para o défice global ainda em 2007, isto é, um ano antes do inicialmente previsto.
O cumprimento da meta dos 3% deve ser entendido na sua exacta medida. Por um lado, o limite dos 3% é a regra que acordámos com os nossos parceiros europeus quando aderimos à União Económica e Monetária, mas representa também o limite entre o cumprimento e o incumprimento dos nossos compromissos. E, assim sendo, estaremos, finalmente, em condições de honrar os compromissos de Portugal, reforçando, desta forma, a credibilidade internacional do nosso país.

Aplausos do PS.

Por outro lado, o cumprimento desta meta assinala que apenas chegámos a meio do caminho para uma situação orçamental equilibrada e que ainda temos o resto da jornada por cumprir.
É por isso que o Governo prosseguirá, no horizonte deste Programa, o esforço de consolidação orçamental, em particular através da redução do peso das despesas com pessoal e na contenção do incontornável crescimento das prestações sociais no contexto, designadamente, de uma nova política social,