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36 | I Série - Número: 026 | 14 de Dezembro de 2007

nas nossas contas públicas. Não procuramos essa operação. E aquilo a que o Sr. Deputado se refere não se compara às operações extraordinárias que os senhores fizeram e que representaram 1,3% do PIB em 2002 e mais de 2 pontos percentuais do PIB em 2003 e em 2004.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Ministro, faça favor de terminar.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Os senhores procuraram obter a «taluda do Natal» para corrigir e esconder o défice. Isto a que está a referir-se nem sequer é uma terminação!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro das Finanças, nesta revisão do Programa de Estabilidade e Crescimento, infelizmente, corrigimos para pior. O documento é bem demonstrativo de que passaremos a ter mais Estado do que nas últimas previsões. Infelizmente, ao ler este documento, descobre-se que a receita, para controlo do défice, é a mesma de sempre e passa, fundamentalmente, pela carga fiscal, ou seja, pelos contribuintes portugueses!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Ministro, este PEC demonstra bem a necessidade de existência de um partido do contribuinte, porque temos neste Programa uma carga fiscal superior àquilo que constantemente estão a prever.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Podiam ter votado a favor a nossa proposta para descer o IVA!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Sr. Ministro, quando é que VV. Ex.as compreendem que não é possível continuar assim? Quando é que VV. Ex.as vão compreender que não podem comparar o nosso Estado com outros da União Europeia? A nossa necessidade era a de que a carga fiscal fosse bastante abaixo do que aquela que temos!

Aplausos do CDS-PP.

Quando é que V. Ex.ª vai livrar os contribuintes portugueses desta carga fiscal? Este tem sido, constantemente, o vosso caminho.
Sr. Ministro, diga de uma forma clara: quando é que vão baixar os impostos em Portugal?

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Também temos de saber, de uma forma clara, em que estado é que fica a defesa das garantias dos contribuintes portugueses.
Desde o fim de Novembro que o Sr. Ministro tem conhecimento de um relatório do Provedor de Justiça em relação a esta matéria, no qual são assumidas queixas claríssimas ao modo de funcionamento dos nossos serviços de finanças. Nós conhecemos muitas instruções em relação a mais cobrança de impostos. A pergunta é clara: o Sr. Ministro já deu alguma instrução para que os serviços de finanças passem a funcionar melhor?

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Será que a Direcção-Geral dos Impostos já teve, da parte de V. Ex.ª, uma instrução para mudar o actual estado das coisas? Estas, Sr. Ministro, são questões que vão para além de previsões e que preocupam o dia-a-dia dos portugueses.