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41 | I Série - Número: 026 | 14 de Dezembro de 2007


quando apresentei o Orçamento para 2006, quando vim a esta Casa discutir vários relatórios sobre orientação da despesa e actualizações do PEC, em 2006, aquando da apresentação do Orçamento para 2007, novamente este ano, quando vim apresentar o Orçamento para 2008… Enfim, é recorrente essa acusação de que o Governo erra as suas previsões.
Aliás, foi dito aqui que as exportações não iriam aumentar conforme prevíamos, que o crescimento não iria ser conforme as nossas previsões e, quanto ao défice, «nem pensar reduzir o défice desta forma! Ninguém acredita!» Ora bem, Sr. Deputado, para dar um exemplo de previsões irrealistas, deixe-me fazer um exercício.
Qual era a previsão do Governo quanto ao crescimento em 2005? 0,5%. Qual foi o crescimento? 0,5%! Qual era a previsão do Governo quanto ao crescimento para 2006? 1,2%. Qual foi o crescimento nesse ano? 1,2%! Qual é o crescimento previsto para 2007? 1,8%. Qual é o crescimento que temos agora? Até é ligeiramente acima de 1,8%; a média está em 1,9%.

O Sr. Honório Novo (PCP): — São só certezas! Parece o Deputado Patinha Antão! É um verdadeiro espelho!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Dizem que o Governo não é bom a fazer previsões.
Sinceramente, é preciso ter topete ao acusar o Governo de não saber fazer previsões!

Aplausos do PS.

Relativamente à questão da taxa de crescimento de 3%, Sr. Deputado, o Governo não prometeu que o crescimento iria ser de 3%. Nenhum governo faz uma promessa dessa natureza.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Fez o PS!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — O que o Governo aponta é a necessidade de a economia crescer acima do seu produto potencial. Isso acontece, de acordo com as projecções que fazemos até 2011 e, mais, acima de tudo, crescer acima da média europeia, conforme também se constata nas projecções que fazemos.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, no que se refere à criação de emprego, o Governo não falou em diminuir o desemprego em 150 000 postos de trabalho. Se bem me recordo, o cartaz de que tanto falam diz é «criar mais 150 000 empregos».

Risos do CDS-PP, do BE e de Os Verdes.

Essa criação de mais 150 000 empregos está contemplada nas projecções deste Programa.
Finalmente, e já não era sem tempo…

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Ministro, já não é sem tempo… Faça favor de terminar.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — É verdade, Sr. Presidente, mas peço a sua benevolência…

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — É que ainda tem mais três pedidos de esclarecimentos.

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sim, mas é só para não esquecer dois Deputados a quem não dei resposta.
Muito rapidamente, gostaria de dar uma satisfação à Sr.ª Deputada Hortense Martins, dizendo-lhe que, com certeza, é com o conjunto de reformas estruturais que estamos a fazer que criamos condições estruturais para o crescimento sustentado da nossa economia, crescimento esse que tem vindo a recuperar e, com a consolidação dessas reformas, continuará a recuperação, para o que com certeza contribuirá decisivamente o aumento do investimento público no próximo ano, previsto no Orçamento.