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12 | I Série - Número: 032 | 10 de Janeiro de 2008

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … porque Portugal não precisa de conselhos sobre o que deve ou não deve fazer quanto ao futuro do projecto europeu. Trataram-se, pois, de declarações infelizes.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Santana Lopes.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, fico contente por o ter ouvido dizer agora o que já devia ter sido dito.

Aplausos do PSD.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Devo dizer que tinha receio que não o fizesse. Já houve uma vez em que, como portugueses, e apesar da diferença de opiniões, gostávamos de o ter ouvido tomar posições diversas em solo estrangeiro, nomeadamente face ao Presidente Bush, quando o felicitou, a si, que era contra a presença portuguesa no Iraque, pela posição portuguesa na altura. E estranhei que o Sr. Primeiro-Ministro não tivesse exposto, nesse momento, aquela que era a sua posição.

Aplausos do PSD.

Permita-me, neste dia, que não deixe de abordar dois ou três outros assuntos.
Sr. Primeiro-Ministro, agora que acabou a fase — permita-me que também recorra ao plebeísmo que usou — do «porreiro, pá!» e desceu à realidade nacional (que eu quero acreditar que nunca tenha abandonado, não lhe faço essa injustiça), pergunto se conhece a realidade dos centros de saúde fechados.
A este propósito, permita-me que lhe faça a seguinte sugestão: em Lisboa, fechar a urgência do Hospital da CUF e dizer à população que está a pensar fechar as urgências dos Hospitais de Santa Maria e São José (e as esquadras da PSP mais próximas), esclarecendo que, se quisermos recorrer às urgências, teremos de ir ao Barreiro, à Moita ou a Santarém. Se fossem estas as posições do Governo perante os poderosos, talvez a reacção fosse outra! Os Srs. Deputados sorriem… Recordo a reacção que houve em relação ao Hospital Curry Cabral: esteve para fechar mas, depois, recuou-se na decisão.
Talvez a posição do Governo fosse outra se essas medidas não fossem tomadas perante os mais desprotegidos, perante algumas populações longe do poder da capital, mas, sim, em Lisboa.
Quanto ao que se passa no sistema financeiro português, Sr. Primeiro-Ministro, faço-lhe uma pergunta objectiva a propósito da sua posição sobre o que acontece, neste momento, no Banco Comercial Português: entende que a Caixa Geral de Depósitos, que só tem capitais públicos, deve abster-se ou votar a favor de alguma das listas na assembleia-geral do próximo dia 15?

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Recordo que a Caixa Geral de Depósitos só tem capitais públicos — não estou a falar da EDP, embora também o possa fazer — e que há precedentes na votação da OPA à PT e em votações no BCP em sessões anteriores.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Santana Lopes, eu não uso plebeísmos e tento não os usar. Esse plebeísmo, como sabe, não foi referido num contexto público, não estava a falar publicamente, foi ouvido mas não foi minha intenção que ele fosse público.

Protestos do PSD.

O Sr. Deputado sabe qual é a minha posição e a posição do Partido Socialista quanto à guerra no Iraque.
O meu dever, no Governo, é contribuir para que esse erro que foi cometido possa ser minorado a bem da paz e a bem de um mundo melhor.

Aplausos do PS.