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46 | I Série - Número: 034 | 12 de Janeiro de 2008

uma efectiva oportunidade de resolver o problema da sua qualificação. Milhares, centenas de milhares de portugueses acreditam e, mais importante que tudo, expressam a sua vontade de se qualificar.
Em segundo lugar, a adesão de múltiplas entidades e instituições não apenas empregadoras. O dinamismo gerado nas escolas, nos centros de formação e nas empresas que têm infra-estruturas de formação é exemplar deste ponto de vista, é o reconhecimento das entidades de que também têm uma responsabilidade social, uma responsabilidade de participar na resolução deste problema.
Temos, ainda, dois desafios pela frente. Os testes não foram todos passados.
Em primeiro lugar, a capacidade que teremos para responder a todos — já aqui foi dito que é nossa preocupação responder a todos. Mas uma resposta para todos não significa uma resposta de pior qualidade.
Só os conservadores, os pouco progressistas e, atrevo-me até a dizer, os reaccionários alimentam a ideia de que quantidade é incompatível com qualidade.

Aplausos do PS.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não é incompatível, mas também não é sinónimo!

A Sr.ª Ministra da Educação: — São exactamente os mesmos que pensam que, quando os sistemas públicos e os serviços públicos são para todos, só podem ser maus, têm de ser desvalorizados.
Precisamos de acreditar, de defender (e, até, de trabalhar nesse sentido) que o País melhora se melhorar a qualificação dos portugueses — de todos e não apenas de alguns!

O Sr. Alberto Martins (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Ministra da Educação: — E essa melhoria não é meramente instrumental, não se resume às questões da empregabilidade (embora seja muito importante para as questões da empregabilidade), é muito, muito mais do que isso, tanto para os adultos como para os jovens.
Formulo a pergunta ao contrário: se, por absurdo, os adultos não conseguissem melhorar a sua empregabilidade, não tinha valido a pena o esforço da sua qualificação?

Aplausos do PS.

Consideram os Srs. Deputados que um desempregado que não consegue melhorar o seu nível de empregabilidade, apesar de se ter qualificado, não tinha o direito a qualificar-se e a melhorar a sua qualificação? É uma pergunta que vos deixo.

Aplausos do PS.

O País está a melhorar os indicadores de abandono, de insucesso e de qualificação.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Vá falar com os licenciados que estão a trabalhar nas caixas dos supermercados!

A Sr.ª Ministra da Educação: — Esperamos que todos se regozijem com estes resultados e estas melhorias.
Os que insinuam manipulação e falsificação estatísticas revelam três coisas: em primeiro lugar, como já aqui tive muitas oportunidades de repetir, não sabem o que é estatística;…

Vozes do PSD: — Ah, pois não!…

A Sr.ª Ministra da Educação: — … em segundo lugar, convivem mal com o progresso do País e a qualificação dos portugueses; e, em terceiro lugar, não resistem à calúnia.

O Sr. Hugo Velosa (PSD): — Isso é arrogância!

A Sr.ª Ministra da Educação: — Esta é a verdade! Ainda não vi da parte de nenhum Sr. Deputado que diz que as estatísticas são falsificadas apresentar uma estatística não falsificada ou dizer qual é o número verdadeiro.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD e do CDS-PP.