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47 | I Série - Número: 034 | 12 de Janeiro de 2008


Não resistem à calúnia da falsificação estatística e do facilitismo, mas, na realidade, o que revelam é que convivem mal com um País melhor. Fazem parte daqueles que entendem que «quanto pior, melhor!», que quanto pior o País estiver, quanto maior for a desgraça, melhor para eles.

Vozes do PS: — Muito bem!

A Sr.ª Ministra da Educação: — O terceiro desafio que necessitamos de enfrentar é o da qualidade, das garantias de qualidade — garantias de exigência, de rigor e de transparência. E esta preocupação com a qualidade e a credibilidade do sistema está presente neste programa desde a primeira hora.

O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Afinal, está tudo bem!…

A Sr.ª Ministra da Educação: — Todos os mecanismos que instituímos, as regras, as normas, os júris abertos, a forma de coordenação, o sistema de informação que sustenta toda a Iniciativa Novas Oportunidades, as auditorias e, agora, a contratualização da avaliação externa, são os sinais de que temos inúmeras preocupações, desde a primeira hora, com as garantias de qualidade do sistema.
É importante garantir a qualidade do sistema para não defraudar as expectativas dos adultos e para manter a confiança nas instituições.
Foi este Governo que estendeu para as escolas públicas e privadas, para os centros de formação, a possibilidade de os adultos se certificarem; foi este Governo que contou com as instituições mais qualificadas do País para alargar as oportunidades de qualificação dos adultos.

Vozes do PS: — Muito bem!

A Sr.ª Ministra da Educação: — Felizmente, pude verificar que o PSD arrepiou caminho nas críticas desajustadas e na desconfiança infundada.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Ministra.

A Sr.ª Ministra da Educação: — Todavia, foi com surpresa que aqui vi o Bloco de Esquerda afirmar que um jovem com 18 anos não tem vida.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Que disparate!

A Sr.ª Ministra da Educação: — Para mim, esta foi a frase da sessão de hoje: um jovem com 18 anos não tem vida! Mesmo que esse jovem com 18 anos tenha três anos de experiência, mesmo que esse jovem com 18 anos tenha abandonado a escola aos 14, 15 anos para ir trabalhar,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Aí é que está o problema!

A Sr.ª Ministra da Educação: — … mesmo que tenha entrado precocemente no mercado de trabalho e tenha imensa experiência de trabalho, não tem direito.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Ministra.

A Sr.ª Ministra da Educação: — São três os preconceitos do Bloco de Esquerda: em primeiro lugar, que um jovem de 18 anos não é maior, não tem vida, não tem direito; em segundo lugar, que um jovem com 18 anos, sem qualificação, sem secundário e sem universidade tem culpa disso e, portanto, deve aguardar num limbo a sua oportunidade de qualificação, e, por último, o preconceito elitista e conservador de que quantidade é inimiga da qualidade.

Protestos do BE.

As dúvidas e as críticas baseadas em preocupações com a exigência e o rigor têm por base o desconhecimento. Por isso, renovo aqui um convite aos Srs. Deputados para que façam o esforço de melhor conhecer os centros, a sua prática, a sua actividade.
A terminar devo dizer o seguinte: a entrega de diplomas a adultos não é um acto de propaganda, é um acto de humildade, porque só quem não sabe o valor que os adultos atribuem a um diploma é que pode dizer que é mera propaganda. É, repito, um acto de humildade e de reconhecimento do esforço e do mérito num momento tão importante para os adultos.