26 | I Série - Número: 042 | 1 de Fevereiro de 2008
Finanças e o Sr. Primeiro-Ministro dizer que «não estavam em causa os direitos adquiridos»... Em linguagem não socialista, «não estão em causa os rendimentos já auferidos» ou ainda, de uma forma mais à esquerda, «ninguém vai nacionalizar os rendimentos já recebidos».
Apesar de tudo, não houve alma que pensasse que a maldade ia tão longe — foram, por assim dizer, mais refinados. Aquilo que este Governo fez foi alterar as regras no fim ou a meio do jogo.
Em jeito de resumo, fez-se uma opção por uma «terceira via», mas nem essa é perdoada por todas aquelas centenas de milhares de portugueses que neles faziam o seu aforro e agora não sabem onde colocar o seu dinheiro.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Poupar já é difícil, mas o Governo quer mesmo que seja tarefa quase impossível.
Aplausos do CDS-PP.
Um pouco de consciência deveria fazer lembrar que muitas dessas pessoas têm poucos conhecimentos e que aquilo que pretendem é apenas procurar um futuro melhor, apesar do Partido Socialista e do PrimeiroMinistro! Não contente com esta sua acção, o Primeiro-Ministro diz querer dar com uma mão um aumento do complemento para idosos, mas com a outra não dá aumentos de pensões ao nível da inflação.
Aplausos do CDS-PP.
Será que ninguém, no Partido Socialista, ouviu os números do Eurostat?! Então, fiquem a saber: o desemprego não desce — na linguagem do Governo, «está estável» — e a inflação está com uma tendência de subida.
Será que não valeria a pena que o Partido Socialista tomasse em atenção a proposta do CDS, de acordo com a qual, no cálculo das pensões mínimas, se deve ter em atenção a inflação real?!
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Em terceiro lugar, o Sr. Primeiro-Ministro faz um verdadeiro exercício de cinismo: com uma mão dá um abono de família para as famílias monoparentais, com a outra mão retira o abono de família a muitos trabalhadores independentes, em Portugal. Por pressão do Ministério das Finanças, há hoje muitos trabalhadores independentes que tinham direito ao abono de família e deixam de o ter.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Uma vergonha!
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — As queixas são constantes! Não sabemos se, neste Governo de Sócrates, há um «discurso do método», mas há um método: Teixeira dos Santos pressiona, Vieira da Silva executa, logo, o subsídio de família definha!!
Aplausos do CDS-PP.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Este é o Governo que, em relação à exigência, tem dois pesos e duas medidas e duas mãos: uma para os alunos, outra para os professores!! Já é sabido que este Governo não gosta dos professores e quer reformar esta área, contra estes agentes.
É uma opção do Governo, que terá, naturalmente, os seus custos, pois a educação está paralisada e, para mais, não foi remodelada.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Muito bem!