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35 | I Série - Número: 053 | 29 de Fevereiro de 2008

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado José Paulo Carvalho, creio que o que é mais impressionante são os testemunhos dos professores que têm estado nas ruas nos últimos dias, em que a frase que mais se ouve é: «exigimos respeito, exigimos que respeitem a nossa dignidade». Quando há um conjunto de profissionais de um sistema educativo em Portugal que vêm à rua dizer que estão fartos de ser humilhados e mal tratados pelos nossos governantes há algo que está profundamente errado na forma como se está a governar.
Creio que é absolutamente óbvio que, com a multiplicação de guerras e dos erros legislativos dos últimos meses por parte do Ministério da Educação, todo o País, das mais diferentes áreas políticas, compreende que não é sustentável manter esta equipa governativa nem esta lógica política.

O Sr. José Lello (PS): — Isso era o que vocês queriam!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Já ninguém acredita que quem manda numa das peças basilares do sistema que são os professores, que quem os imola na praça pública dizendo que eles são os culpados de todas as insuficiências do sistema educativo, é capaz de mobilizar aqueles que durante 30, 20 ou 10 anos da sua vida profissional se esforçaram, que dão horas à sua escola, que se esforçam por criar projectos nas suas escolas e que são tratados na praça pública como se fossem malandros! É inaceitável ter esta lógica política! Hoje, é necessário recuperar e respeitar esses profissionais.

O Sr. Luiz Fagundes Duarte (PS): — Apresentem uma proposta!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Vou fazer-vos uma proposta concreta: ouçam quem está no terreno — dizemolo há semanas —, ouçam quem está no terreno. Não nos ouçam a nós, nem ao PSD, nem ao PCP!

Protestos do PS.

O Sr. Presidente (Nuno Teixeira de Melo): — Srs. Deputados, aos gritos não se ouve a Sr.ª Deputada nem se ouvem os apartes! Peço silêncio.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Ouçam quem está no terreno, ouçam quem sabe, ouçam os pais, ouçam os professores, ouçam os alunos! Não ouvem ninguém! Perderam o sistema educativo. Isto não pode continuar porque estamos a meio de um ano lectivo! Isto não pode continuar!

Aplausos do BE.

O Sr. José Lello (PS): — Vocês queriam era mandar no Governo!

O Sr. Presidente (Nuno Teixeira de Melo): — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Cabral.

O Sr. Fernando Cabral (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Durante os dias 25, 26 e 27 de Fevereiro de 2008, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista realizou, na Guarda, as Jornadas Parlamentares sobre políticas sociais.
A realização destas jornadas permitiu ao Grupo Parlamentar do Partido Socialista fazer um balanço da acção governativa dos últimos três anos no domínio das políticas sociais e uma profunda reflexão em torno dessas políticas e do seu impacto na vida dos cidadãos.
O tema das políticas sociais, enquanto instrumento privilegiado de combate contra a pobreza, a exclusão e as desigualdades sociais assume grande relevância para o Partido Socialista.
A aposta nas políticas sociais e no reforço do Estado social enquanto pilar fundamental da nossa vida colectiva, mesmo em períodos de menor crescimento económico, constitui uma das marcas indeléveis da governação do Partido Socialista.