39 | I Série - Número: 053 | 29 de Fevereiro de 2008
Por outro lado, também quero dizer-lhe que não é verdade que não tenha havido partidos a efectuar conferências de imprensa.
Na segunda-feira, decorria a abertura das Jornadas Parlamentares do Partido Socialista e, ao mesmo tempo, a Comissão Política Distrital do PSD estava a dar uma conferência de imprensa.
A Sr.ª Ana Manso (PSD): — Não é verdade! Está a faltar à verdade!
O Sr. Fernando Cabral (PS): — Portanto, eram estas as duas breves correcções.
Passemos à questão essencial: aquela que suscitou acerca do interior e sobre quem é que discrimina ou não, positivamente, o interior.
Há bem pouco tempo, neste Plenário, assisti, tal como todos nós, a um debate agendado pelo PSD sobre os problemas das assimetrias regionais. No final desse debate, um pouco como aconteceu hoje mesmo, aquando do debate de actualidade que realizámos, verifiquei que as propostas apresentadas foram zero! O diagnóstico foi muito bem feito — «a culpa é de todos» — mas, quanto a medidas concretas, não foi apresentada uma única.
Ora, quero dizer-lhe que, na minha intervenção, enunciei um conjunto de obras que a Sr.ª Deputada não refutou.
Se existe a auto-estrada A23, que chega à Guarda, resulta de uma decisão de um governo do Partido Socialista.
Se existe a auto-estrada A25, que vai de Aveiro até Vilar Formoso, resulta de uma decisão de um governo do Partido Socialista.
Se, hoje, há fornecimento de gás natural na Guarda, resulta de uma decisão do Governo do Partido Socialista.
Se vamos ter um novo hospital na Guarda e se temos já quase concluído um novo hospital em Seia, tal deve-se a decisões de um governo do Partido Socialista.
A Sr.ª Ana Manso (PSD): — Não é verdade! O Sr. Deputado está a faltar à verdade!
O Sr. Fernando Cabral (PS): — Portanto, estes são factos indesmentíveis e provam bem quem se interessa e quem não se interessa pelo desenvolvimento do interior.
Já agora,…
O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Fernando Cabral (PS): — Só para terminar, Sr. Presidente, quero dizer que, até ao momento, no distrito da Guarda, não houve qualquer encerramento, no período nocturno, de serviços de atendimento permanente. Todos os SAP continuam a funcionar 24/24 horas.
Se houve encerramento de escolas, quero dizer-lhe que foi um processo pacífico, até junto dos próprios autarcas do seu partido, porque os mesmos perceberam que, em primeiro lugar, estava a qualidade do ensino e não a questão de haver mais ou menos escolas a funcionar.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Mota Soares.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Fernando Cabral, começo, obviamente, por felicitá-lo e ao seu grupo parlamentar pela realização das Jornadas Parlamentares, que sempre são um momento muito importante para a reflexão política por parte dos grupos parlamentares.
Felicito-o também, sendo o Sr. Deputado eleito pelo círculo eleitoral da Guarda, por o PS ter escolhido essa cidade para aquele efeito.
No entanto, não posso deixar de dizer-lhe que vejo com alguma perplexidade que o Sr. Deputado e o Grupo Parlamentar do PS «encham tanto a boca», permita-me a expressão, com o tema das políticas sociais.