11 | I Série - Número: 078 | 2 de Maio de 2008
O Sr. Alberto Martins (PS): — Por isso, Srs. Deputados, «o ridículo às vezes mata» e é a situação em que estão os Srs. Deputados do PCP, que não querem proteger os trabalhadores, querem instrumentalizá-los! E mais: quanto à proposta que o Governo apresenta, são os senhores que fazem esse papel, não são eles — e confessam —, o que ainda é mais grave…
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Deputados, esta proposta tem como objectivo mais emprego, melhor emprego e emprego mais seguro. Por isso, Srs. Deputados, a situação em que o País está e que os senhores desconhecem é a necessidade que temos de melhor inovação, maior e melhor investigação e melhor qualificação. É isto que faz com que a competitividade dos portugueses seja mais acentuada!
Protestos do Deputado do PCP Jerónimo Martins.
Sr. Deputado, cale-se porque o direito de fazer um aparte não lhe permite interromper outro Deputado!
Aplausos do PS.
Protestos do PCP.
Por isso, Sr. Presidente, quero continuar a usar a palavra e agradeço que V. Ex.ª me conceda as condições para fazê-lo...
O Sr. Presidente: — O Plenário já está mais predisposto a ouvi-lo. Portanto, Sr. Deputado, pode continuar.
O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Presidente, agradeço a sua intervenção na sequência do meu pedido.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, esta proposta garante mais emprego, melhor emprego e um emprego mais seguro, desde logo, ao concluir pela flexibilidade do emprego e ao garantir condições rigorosas, mantendo a justa causa como única possibilidade para haver despedimento e estipulando que a prova da ilicitude seja feita em tribunal para reforço da garantia dos trabalhadores.
Srs. Deputados, há ainda um combate à precariedade, a acrescer à garantia do emprego, que é particularmente relevante no que respeita ao limite de três anos para o contrato a termo, à alteração da presunção legal do trabalho precário em relação aos recibos verdes, à prestação de serviço, e ainda ao reforço da acção inspectiva que cabe às entidades de fiscalização.
Mas — não menor ainda — esta proposta reforça, de modo gradativo, eficaz, consistente, os graus, as disponibilidades e a abertura para a contratação colectiva.
Em suma, é uma proposta que garante mais emprego, melhor emprego e que reforça as condições de intervenção sindical na contratação colectiva.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Alberto Martins, percebo muito bem o nervosismo do Partido Comunista, que é explicável assim: verdadeiramente, a moção de censura não é contra o Governo, é contra o diálogo na concertação social!!
Aplausos do PS.
Risos do PCP.