O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

14 | I Série - Número: 081 | 9 de Maio de 2008

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Havia, havia! Deixe-se de conversas!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não havia, não, Sr. Deputado!

Protestos do PCP.

Oiça-me com atenção, Sr. Deputado! O que havia é o preconceito de sempre do Partido Comunista Português. Isto é, o que o Sr. Deputado quis dizer foi o seguinte: quaisquer que sejam as propostas do Governo, nós estaremos contra, porque serão sempre um atentado.

Aplausos do PS.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Não era preciso ser bruxo! Veja lá como acertei!

O Sr. Primeiro-Ministro: — E, depois, Sr. Deputado, «falhou o tiro» pelo seguinte: o Sr. Deputado esperava outras propostas e, como já tinha toda a máquina montada para ser tão, tão contra, não foi capaz de reconhecer que as nossas propostas de revisão são o maior combate desde sempre feito à precariedade laboral.

Aplausos do PS.

Protestos do PCP.

O Sr. Deputado não é capaz de explicar a nenhum jovem que está a recibos verdes por que razão é má a nossa proposta de lhe dar a protecção social, não apenas paga por ele mas obrigatoriamente também pelos patrões. É que isso é uma mudança substancial.

Protestos do PCP.

E o Sr. Deputado não é capaz de explicar a nenhum jovem por que é que, aumentando a contribuição para a segurança social em três pontos para o contrato a prazo, isso não é um desincentivo à contratação a prazo e um incentivo à contratação sem termo.

O Sr. João Oliveira (PCP): — À precariedade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Isso é que o Sr. Deputado não é capaz de fazer.
Olhe, Sr. Deputado, para o que é preciso ter «lata»…

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — … é para ter o comportamento do Partido Comunista Português, que, com o seu sectarismo e o seu facciosismo, é contra qualquer proposta do Governo, independentemente da sua substância.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Vassalos do patronato!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Isso é o que os senhores têm feito, em 30 anos. São sempre contra! Para vós, o inimigo principal é sempre o Partido Socialista e qualquer governo do Partido Socialista.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Vassalos do patronato!