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35 | I Série - Número: 081 | 9 de Maio de 2008

O Sr. Primeiro-Ministro: — … nem a ADSE fez um contrato especial com o hospital da Luz. O que a Sr.ª Ministra quis dizer…

Vozes do CDS-PP: — Ahhh!…

O Sr. Primeiro-Ministro: — … é que seria escandaloso que também os serviços públicos não aderissem a essa convenção…

Risos do CDS-PP.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Grande aldrabice!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e não servissem a ADSE. Portanto, é demagogia do CDS-PP.
Depois, Sr. Deputado, e para acabar, quanto aos cereais, o que digo é o seguinte: se há alguma política errada, foi a de 2003 e a política da União Europeia que visou reduzir a produção. A orientação europeia deve mudar em favor de uma maior produção para fazer face às dificuldades da economia global, em particular no domínio dos cereais.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Agostinho Lopes.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, não há qualquer dúvida de que estamos perante um País que é dos mais desiguais da União Europeia.
O Sr. Primeiro-Ministro também não tem qualquer dúvida de que para essa desigualdade têm contribuído as suas políticas de salários e de prestações sociais.
Mas, Sr. Primeiro-Ministro, para essa situação também tem contribuído fortemente todo o problema da taxa de inflação, isto é, a sistemática subestimação — para não dizer a sistemática mentira — da taxa de inflação nos orçamentos do Estado! Em 2005, a prevista era de 2%, a verificada foi de 2,3%; em 2006, a prevista era de 2,3%, a verificada foi de 3,1%; em 2007, a prevista era de 2,1%, a verificada foi de 2,5%; em 2008, a prevista é de 2,1%, mas vamos já em 2,8%, segundo a própria Comissão Europeia.
Temos de acrescentar a presente inadequação desta taxa de inflação — basta olharmos para o cabaz de compras que a suporta e o inquérito aos orçamentos familiares que é conhecido — e o facto de continuar a não incluir a subida do valor das prestações de todos aqueles que adquiriram casa através de empréstimo bancário, taxa de inflação que ainda não incorporou o brutal agravamento do preço dos produtos alimentares nestes primeiros quatro meses do ano.
O Sr. Primeiro-Ministro sabe a consequência disto (já hoje, aqui, foi dito): a perda de valor real dos salários dos trabalhadores portugueses, que foi de 0,9% em 2006, de 0,6% em 2007 e de 0,2% em 2008.
Sr. Primeiro-Ministro, para quando a actualização e a correcção urgente da taxa de inflação?

Aplausos do PCP.

Tendo em conta isso, para quando a correcção intercalar de salários e de pensões?

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado José Soeiro, para pedir esclarecimentos.

O S. José Soeiro (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, o que tenho na mão não é um folheto do PCP, é um alerta sério da Igreja Católica portuguesa pelo alargamento preocupante da pobreza…