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37 | I Série - Número: 088 | 29 de Maio de 2008


Acreditamos que essas soluções são possíveis, acreditamos que elas são necessárias. E é esse, simplesmente, o nosso caminho.

Aplausos do PS.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — E conteúdos? Nada! Nem um conteúdo!

O Sr. Presidente: — Na primeira volta deste debate de urgência, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Strecht.

O Sr. Jorge Strecht (PS) — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Disse o Sr. Ministro, e com razão, que este é um debate requentado de um debate já travado. Claro que foi generoso porque, sendo um debate requentado, o Bloco de Esquerda, infelizmente, tem aqui uma posição mais ingrata do que a do Partido Comunista. Por duas razões singelas: primeiro, porque tem um nicho de mercado inferior e, portanto, tem uma clientela menor; segundo, porque a Autoeuropa é, ou devia ser para o BE, esclarecedora, ou seja, se ela sobrevive, se os trabalhadores têm emprego e continuam a poder desfrutar das vantagens desse facto,…

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Isso é ignorância!

O Sr. Jorge Strecht (PS) — … deve-se, apesar de tudo, a um senhor que se sentou na vossa bancada e que percebeu…

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Não percebeu nada!

O Sr. Jorge Strecht (PS) — Percebeu! Percebeu que as curvas da procura devem ter resposta nas curvas da oferta, sob pena de se perdida a empresa perdido o emprego e as vantagens dos respectivos trabalhadores.

Aplausos do PS.

Protestos do BE.

Só que, como é evidente, num debate desesperado, a ver qual dos dois é o patrão das clientelas actuais, exacerbam-se e replicam-se forçosamente.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Isso é ignorância!

O Sr. Jorge Strecht (PS) — Portanto, não podíamos deixar de ter aqui um debate de urgência, porque, entretanto, já foi apresentada a moção de censura do PCP.
Bom, mas vamos às inverdades que o Sr. Ministro referiu e concretizemo-las.
Em primeiro lugar, mentem quando esquecem que a adaptabilidade é por via convencional e, portanto, só existe aquela que os trabalhadores devidamente representados entendam ser favorável aos seus interesses.
Mentem quando falam na facilidade do despedimento, esquecendo-se de que o que está em causa é o processo.

O Sr. Fernando Rosas (BE): — O senhor é que percebe pouco!

O Sr. Jorge Strecht (PS) — Sim, mentem! E mais: os senhores não conhecem sequer a prática concreta desse problema por uma razão simples: onde o trabalhador cede é, precisamente, num processo disciplinar burocrático complexo, que se alonga no tempo, e não, seguramente, naquilo que agora se propõe, que é celeridade na fase do processo dentro da empresa — onde, evidentemente, o patrão é juiz e parte e, portanto, não pode conferir qualquer tipo de garantia ao trabalhador —, obrigando a entidade patronal ao impulso