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14 | I Série - Número: 089 | 30 de Maio de 2008

por dia, quando isso é a melhor confirmação de um fracasso governativo que ocorreu no tempo que esse político está a invocar!

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, desculpe, sou responsável por muita coisa mas não posso deixar passar em claro aquilo que foi um tremendo embuste que pretendeu ser vendido aos portugueses. O primeiro embuste é afirmar-se que estes números são números actuais. Não é verdade! Estes números são de 2004 e o embuste não é apenas de políticos, é também da responsabilidade de jornalistas, que têm obrigação de ir ler o relatório.

Aplausos do PS.

Dir-me-ão: «mas é difícil encontrar a referência no texto onde está escrito que os dados são de 2004».
Não, está dito no título do quadro, que refere «2004», tal como está dito também nos indicadores de desigualdade. Porque há um outro quadro que foi muito divulgado e que diz: «Diferenças de desigualdade – coeficiente de Gini, em 2004». E cá está o valor de Portugal em 2004! Esse é o primeiro embuste, mas há um segundo embuste, que foi a ideia disseminada na sociedade portuguesa que as desigualdades e a pobreza estão a aumentar em Portugal. Isso também não é verdade.
Qual é a verdade? Tenho aqui um outro quadro, que posso divulgar, onde se pode verificar como evoluiu o indicador da pobreza em Portugal: em 1995, tínhamos 23% de portugueses em risco de pobreza; em 2004, tínhamos 20%; em 2005, 19% e, em 2006, 18%.
Como é que a pobreza evoluiu na Europa? Na Europa, nestes 10 anos, passou de 17% para 16%. A comparação é que, em Portugal, nestes 10 anos, diminuímos 5% enquanto a Europa praticamente estagnou.
Esta é que é a verdade, estes é que são os indicadores! Por isso, é uma falsidade o que andou a dizer-se.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Santana Lopes.

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, vamos, então, entendermonos sobre os anos a que respeitam esses relatórios e o que significa o ano que indicam. Então, o Sr. PrimeiroMinistro considera que o facto de esses indicadores referirem 2004 quer dizer que a culpa é daqueles dois anos de governação, e não conta o que vem de 1995?

Protestos do Sr. Primeiro-Ministro.

Tenha calma, Sr. Primeiro-Ministro! Depois, cita evolução de 23% para 18%, de 1995 até 2006, e diz que os três anos de governação do PSD em coligação com o CDS não têm nada a ver com isso, porque é só de um ano de governo seu. Sr. Primeiro-Ministro «não bate a bota com a perdigota»! Ou usa um critério, aplica-o a ambos, ou não usa nenhum!

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, a pergunta a que tem de responder é: então, e como é agora? É capaz de responder?

O Sr. Jorge Strecht (PS) — É!

O Sr. Pedro Santana Lopes (PSD): — Melhorou ou baixou? Tem os números? Com quanto vivem esses portugueses, hoje em dia?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.